Pré-candidata a deputada federal, a delegada Kátia Alves (União Brasil) apontou a falta de planejamento na segurança pública na Bahia como um dos fatores que afastam potenciais investidores do estado. Na avaliação da delegada, este é o momento de cobrar dos candidatos ao governo quais ações serão propostas para enfrentar a violência que, há mais de uma década, transformou a Bahia no estado mais violento do Brasil.

“Há um desmantelamento da secretaria de Segurança Pública nos últimos dezesseis anos que afasta a policia das comunidades”, disse a ex-secretária de segurança do governo César Borges (1998 a 2002) ao lembrar que delegacias fecham à noite e nos finais de semana.

As declarações ocorreram em entrevista à rádio Serra Dourada, de Ipirá, nesta segunda, dia 1/8. Kátia Alves lembrou que o roubo a estabelecimentos comerciais (bares, restaurantes, lojas mercados e shoppings) sofreu um aumento de 64% em relação a 2021 na Bahia, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. E a violência afeta a economia.

“O comércio sofre com a onda de violência na Bahia no momento da retomada econômica pós-pandemia e, muitas vezes, o empresário fecha e reduz o numero de empregos, deixando a economia mais pobre”, pontua. Durante a entrevista, a pré-candidata a deputada federal lembrou que houve um aumento dos casos de violência doméstica e feminicídio durante a pandemia.

Ela atribui isso a uma cultura machista onde os homens se consideram “donos” das mulheres. Katia Alves destacou a importância de criar e ampliar as redes de acolhimento e proteção para as vítimas de violência doméstica e por isso defende uma lei federal para que todas as cidades com mais de 50 mil habitantes tenham uma rede de proteção para essas vítimas.

As redes de apoio também acolheriam as mulheres e crianças vitimas da violência com atendimento psicossocial, legal e também profissional para permitir que mulher tenha autonomia. “Minha preocupação maior é deixar uma sociedade mais igualitária. É preciso educar os meninas e os meninos para ter um mundo mais justo.”, destaca Katia Alves.

Para ela, As mulheres são “vítimas do silêncio” quando não denunciam seus agressores porque muitas vezes não reconhecem as agressões psicológicas, materiais, físicas e morais, praticadas por seus companheiros. Política Livre