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Candidato do PSOL ao Senado, Tâmara Azevedo defendeu o candidato do PT ao governo da Bahia, Jerônimo Rodrigues. Para ela, Jerônimo é, sim, um representante da esquerda. A socialista entendeu ainda que fizeram uma “maldade” ao colocá-lo como secretário de Educação.

“Jerônimo é companheiro de luta, né? Do movimento social há muitos anos, ele se encaixa sim na lógica da esquerda, é um petista. E foi feito na verdade uma maldade, né. Ele vinha de uma gestão muito boa a frente (na SDR – Secretaria de Desenvolvimento Rural) e de repente colocaram ele na educação. E a gente sabe que ninguém tem varinha de condão. Afinal de contas, foram anos e mais anos de descaso com a educação, fora esse impedimento aí do teto dos gastos. Esse limite que deram durante 20 anos para educação, mas também tem muito a ver com gestão. E aí eu acho que acaba que Jerônimo paga por isso”, disse, em entrevista à Tribuna. Tâmara Azevedo fez críticas, no entanto, ao governo de Rui Costa (PT). Para ela, foi um erro dar espaço para o PP e o PSD.

“A gente vinha no processo crescente desde a gestão de Wagner em relação as políticas públicas, mas 2020 para cá, com o crescimento do PSD, e a ocupação do PSD em várias prefeituras, um crescimento do Leão e o avanço dele também em número gigantesco de prefeituras do estado, o governo foi ficando refém dessa galera, dessa turma, desses coronéis. Então, o PT diminuiu o número de prefeituras, eles dois (PP e PSD) aumentaram gigantescamente, e aí os espaços também foram dados de forma proporcional. Isso é que assusta. Então, o governo que deveria ser democrático acolhe na sua base as piores figuras da direita baiana, com histórico que eles têm. Óbvio que a partir daí você não consegue mais avançar com as políticas públicas. Óbvio que a partir daí você se concentra somente nas obras tamanho G, e nos negócios da China, esquecendo do povo, esquecendo do M, do P, do pequeno que precisa da atenção do estado”, pontuou.

Tribuna – Qual a sua principal bandeira de campanha?

Tâmara Azevedo – A nossa principal bandeira de campanha é a reconstrução do Brasil. Nós passamos, nos últimos seis anos, vendo todos os nossos direitos sendo destruídos por esse pelo golpista do Temer. E por esse desgoverno. Então, nós somos a única candidatura de esquerda. A única que tem realmente condições de, ao lado do presidente Lula, transformar essa realidade, porque uma candidatura popular é tudo que nós precisamos hoje. Precisamos diminuir esse poço da desigualdade e acabar com a fome, garantir postos de emprego da nossa população. Então, isso faz parte de um projeto de reconstrução desse país que hoje se encontra esfacelado. Tribuna da Bahia