A 4ª Vara Criminal de Salvador expediu um mandado de prisão preventiva contra Maqueila Santos Bastos, investigada pela morte do empresário Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, em Jaguaripe. Segundo a Polícia Civil, o motivo da medida é um crime de estelionato.

De acordo com a polícia, o mandado foi expedido no dia 25 de julho e a suspeita é procurada. Maqueila Bastos foi presa em março deste ano por causa da morte de Leandro Troesch e liberada um mês depois para responder em liberdade.
A Polícia Civil reforçou que as investigações da morte de Leandro e o caso de estelionato não estão relacionados.

Maqueila nega envolvimento no crime

Menos de uma semana após deixar a prisão, Maqueila Santos Bastos, conversou com a reportagem da TV Bahia e negou envolvimento na morte de Leandro Troesch. A defesa da investigada alegou que não havia provas contundentes que justifiquem a prisão dela e, por isso, ela teria sido liberada.

“No dia do crime eu não estava lá, eu estava em Salvador, e estive em vários locais, até em médicos. Então, eu não tinha nenhuma ligação com o caso Paraíso Perdido como estão falando”, disse Maqueila.

Maqueila confirmou, como já havia feito em depoimento à polícia, que teve um relacionamento amoroso com a esposa do empresário, Shirley Silva Figueredo, também indiciada pelo crime. No entanto, segundo ela, o empresário sabia do relacionamento da duas.

Em 2021, Leandro Silva Troesch e Shirley da Silva Figueiredo foram presos após serem condenados a 14 e nove anos de prisão, respectivamente, por terem participado de um crime de extorsão mediante sequestro.

No entanto, o depoimento da própria Maqueila à polícia contradiz a informação. Na ocasião, Maqueila confirmou que enviou a mensagem “Se você não me desbloquear, vou contar tudo a Léo”, para Shirley. Ao ser perguntada sobre o que seria o “tudo”, ela disse que iria contar para o empresário que tinha um relacionamento “íntimo e amoroso” com a amiga.

Ainda no depoimento ela disse que mandou a mensagem em um “momento de raiva”, apesar de saber que Leandro poderia ficar zangado e terminar o relacionamento com Shirley.

Entenda o caso

Leandro Troesch, dono da pousada Paraíso Perdido, foi encontrado morto dentro de um dos quartos do estabelecimento, com marca de tiro na cabeça, em 25 de fevereiro deste ano. O empresário já havia sido preso e condenado a 14 anos de prisão por crimes de sequestro e extorsão cometido em 2001.

Em 2022, ele estava em prisão domiciliar na pousada. A viúva, Shirley da Silva Figueiredo, disse à polícia que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro. Dias depois da morte de Leandro, o braço direito do empresário, o Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, foi morto a tiros e facadas.

Ele era uma testemunha fundamental na investigação. Marcel, que tinha envolvimento com drogas, foi morto no dia 6 de março, às vésperas de ser ouvido pela polícia, no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.

O homem, que era funcionário de confiança de Leandro, prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido, mais uma vez. O delegado disse também que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado. G1