Crédito: Letícia Martins / ECBahia

Com classificação e liderança garantidas, o Bahia alcançou os primeiros objetivos na Copa do Nordeste com uma rodada de antecedência para o fim da primeira fase do torneio. Na tarde deste domingo (24), o tricolor venceu o Maranhão, por 1×0, na Fonte Nova, e vai disputar a partida derradeira apenas para cumprir tabela. Após o apito final, o técnico Rogério Ceni analisou o desempenho do time na fase de grupos da competição.

“Avalio como extremamente positiva. É difícil estar sempre focado com tantas viagens e tantos jogos, mas o espírito vencedor sempre esteve com os jogadores. Poderia ser mais fácil, mas é complicado manter a concentração sempre. Tivemos algumas mexidas hoje, os atletas vieram de um clássico, em que você perde muita energia e foco. Valorizo muito o que os jogadores fizeram até agora. Claro que só tem valor se você for campeão, mas eu fico feliz com o que foi feito de 6 de janeiro até agora”, elogiou o treinador.

O triunfo diante do Maranhão foi conquistado com um gol contra do adversário. O zagueiro Pedro Gustavo desviou para a própria meta após bom cruzamento de Ademir. O Bahia dominou o jogo, criou oportunidades, mas não foi assertivo como em outras apresentações.

“Dominamos o jogo, não tivemos efetividade na hora que criamos, mas vencemos o nono jogo aqui”, disse Rogério Ceni. “Vi com bons olhos a nossa criação. Acho que foi o jogo com menor intensidade e não como o que teve mais erros de passes. Por mais que você queira motivar, a intensidade baixa, mas mesmo assim passamos poucos sustos e vencemos. Depois de tantos jogos em pouco tempo, acho importante destacar a nossa vitória”, afirmou.

O técnico também comentou as ausências no time. Diante do Maranhão, o Bahia não teve Rezende, suspenso, além de Cauly e Everaldo, poupados.

“Nós trouxemos os atletas que as equipes médica e de fisiologia nos permitiram trazer. Os jogadores que não vieram foi porque não reuniram condições suficientes por questões físicas. Mudamos um pouco a característica. Sem o Cauly é lógico que muda, mas não deixamos de criar, de ter controle e atacar. Tivemos a oportunidade de selar o placar mais cedo. Claro que Cauly faz falta, mas em determinados jogos ele não vai jogar. O time não deixou de criar e de ter volume, mas jogou com uma intensidade um pouco abaixo do que joga normalmente”.

Rogério Ceni pontuou que o modelo de jogo usado pelo Bahia é baseado na utilização de quatro jogadores – Caio Alexandre, Jean Lucas, Cauly e Everton Ribeiro – e explicou a dificuldade de substituí-los.

“O que mais altera para gente é quando sai um atleta como o Cauly. Ele não tem um substituto, não adianta. Esse modelo de jogo foi criado em função desses quatro jogadores. O Yago substitui o Everton, marca mais até, mas é difícil ser um 10 de movimentação como o Everton. O Biel tem talento para jogar e fazer a função do Cauly, mas é difícil ser tão cerebral como o Cauly. O Jean Lucas é difícil achar um 8 como ele. O problema é que os outros clubes trocam jogadores do mesmo padrão. O modelo de jogo não é de criação, a maioria é reativo, você tem uma boa marcação, os velocistas, e jogam no erro do adversário”.

O Bahia já volta a campo na quarta-feira (27), às 21h30, contra o Botafogo-PB, no estádio Almeidão, em João Pessoa, na Paraíba, pela rodada derradeira da fase de grupos da Copa do Nordeste. Questionado sobre o time que vai enfrentar o adversário paraibano, já que entrará em campo apenas para cumprir tabela, Rogério Ceni não antecipou a decisão.

“Vamos fazer o necessário para nos preparar da melhor forma para os jogos mais importantes da competição. O Caio Alexandre saiu machucado, temos alguns jogadores cansados, o Arias ainda está na seleção. Vamos nos preparar com o que temos de melhor para os jogos mais importantes para a gente”. Correio da Bahia