Crédito: Letícia Martins/EC Bahia

A classificação do Bahia às oitavas de final da Copa do Brasil foi pautada pela resiliência. Diante do Criciúma, no estádio Heriberto Hülse, o tricolor sofreu a pressão do Tigre, mas no fim acertou o pé e venceu por 2×0. Ao final da partida, o técnico Rogério Ceni valorizou mais uma boa atuação da sua equipe.

O treinador elogiou o adversário, disse que já esperava a pressão nos primeiros minutos e afirmou que o Esquadrão soube se comportar bem para encontrar os espaços. A vitória poderia ter sido construída ainda no primeiro tempo, mas faltou capricho ao ataque.

“Aqui é sempre muito difícil, pressão da torcida, estádio mais justo. Sofremos, mas no final levamos a classificação e passamos para as oitavas, atingindo o nosso objetivo”, iniciou o treinador.

“Eu sabia da dificuldade, falamos lá [em Salvador] que a vantagem tinha sido muito curta, o Criciúma é muito bem montado, o Tencati está aí há muito tempo. Mas a gente suportou bem nos momentos de pressão, teve os lances de impedimento, aqueles lance de pênalti ou não, e de resto tivemos bom controle de jogo, boas combinações de passes”, completou.

Ceni reconheceu que o Bahia precisa começar os jogos mais ligados para não sofrer tanto. O treinador foi questionado se a forte marcação sobre Caio Alexandre foi um fator determinante para o Criciúma dificultar as ações do meio-campo, mas afirmou que o tricolor tem outras opções que fazem a diferença na construção das jogadas.

“Se tem uma coisa que a gente precisa mudar são os começos dos jogos. Quase todos os jogos a gente começa sofrendo mais do que o necessário, mas quanto ao Caio ser bem marcado, temos outros jogadores de meio-campo, o Juba é outra alternativa na construção, acha bons passes. Antes de começar o jogo a gente não tinha informações sobre o Criciúma, foram 23 dias sem jogar, você não sabe se vai jogar com três atacantes, quem vai marcar quem, qual a formação e posicionamento. O Criciúma tem um meio-campo muito forte, Meritão e [Felipe] Mateus são dois jogadores de bom trato com a bola”, analisou ele, antes de completar:

“Depois dos dez, 15 minutos, a gente se ajustou bem e conseguimos boas tabelas, com Everton, Cauly, o Jean baixando. Nós temos que encontrar os espaços. É na sequência que você vai olhando mais o adversário e consegue achar o espaço para jogar. Quando o adversário fica muito tempo sem jogar, você precisa esperar o jogo começar para achar”.

ESCOLHA POR RATÃO

Rogério Ceni também explicou a escolha por Rafael Ratão na vaga de Everaldo, que sofreu uma fratura na costela. O treinador valorizou a disputa por posições dentro do elenco e disse que cada jogador vai ter a sua chance para contribuir com o grupo. Ceni também elogiou a força do banco de reservas.

“Esse grupo é fantástico de trabalhar. Claro que há uma concorrência por posição. Quando o Everaldo não vem, por exemplo, nós pensamos bastante, debatemos, sobre quem a gente usaria naquela função. O Ratão treinou muito bem, ajudou bastante na recomposição. Eu achei que o jogo aqui seria mais rápido, um estádio mais acanhado, por isso optamos pelo Ratão. Ademir e Biel entram com o adversário mais cansado, é o Biel que ganha no um contra um. Claro que que tem que estar jogando, mas são todos jogadores de caráter e vão dar a sua parcela de contribuição. Biel jogou 15 minutos, também o De Pena, e foram peças fundamentais. O Ademir ganhando bola de cabeça… Tem o desejo pessoal e o desejo do grupo. O importante é que esses jogadores têm entrado e feito a diferença nos finais dos jogos”, finalizou. Correio da Bahia