Crédito: Tiago Caldas /EC Bahia

Jogo após jogo, o Bahia vai se mostrando competitivo no Campeonato Brasileiro. Contra o Red Bull Bragantino, na noite deste domingo (12), o tricolor fez mais uma boa partida, venceu o quarto confronto em seis jogos, e garantiu a pontuação de líder, junto com o Athletico-PR.

Diferente dos confrontos contra Grêmio e Criciúma (pela Copa do Brasil) quando conseguiu grande volume ofensivo e poderia ter saído de campo com um placar elástico, o Esquadrão oscilou dentro da partida. Para o técnico Rogério Ceni, no entanto, o equilíbrio do futebol brasileiro não permite exibições de gala em todos os jogos. Ele valorizou a atuação do time, e disse que os jogadores estão dando o máximo.

“Acho que nós não tivemos a bola nos primeiros minutos, não conseguimos controlar o jogo, trocar passes, e ficou um jogo chato para a gente. Depois dos 15 minutos, começamos a encaixar as escapadas e o jogo ficou mais equilibrado. Eu vi Bragantino e Racing e sabia como eles gostam de pressionar nos primeiros minutos, mas nós construímos desde o goleiro com bolas longas e trocas de passes que treinamos para atacar o espaço”, iniciou o treinador, para logo depois completar:

“No geral… eu não sei o nível que as pessoas esperam. Estamos jogando no máximo, até tento exibição de gala, mas o Bahia compete contra equipes que vocês colocam que brigam em cima, mas não sobra contra equipes classificadas como que vão disputar em baixo. Acho o futebol brasileiro bem equilibrado, fizemos um jogo consistente. Está todo mundo esgotado e entregou o máximo. Não vejo como tirar mais dentro do jogo”, disse.

Seguindo a mesma linha, Rogério elogiou o elenco e explicou que a folga de uma semana entre os jogos tem permitido a repetição na escalação. Pelo quarto jogo seguido, ele colocou em campo o mesmo time. O zagueiro Kanu, por exemplo, ganhou a disputa com Cuesta e segue entre os titulares.

“Pelo fato do espaçamento de um jogo e outro é possível dar o descanso, recuperação e fazer, no mínimo, quatro bons treinamentos. Não tivemos expulsões, não tivemos lesões, pelo fato de poder dosar os jogadores. É um time que encaixou, mas claro que tem vários modos de jogar, e sempre tem jogado 15 jogadores. Todo jogo cinco entram e dão a sua colaboração”, afirmou.

PARALISAÇÃO

Durante a entrevista, Rogério Ceni foi questionado sobre a possível paralisação do Campeonato Brasileiro por conta da enchente que atinge o Rio Grande do Sul. A CBF ainda não tomou uma decisão e cobrou um posicionamento dos clubes. Os jogos de Internacional, Grêmio e Juventude foram adiados até o dia 27 de maio. De acordo com o treinador, o Bahia ainda não tomou uma posição clara sobre o assunto. Ele entende que o tema é delicado e diz que o clube está fazendo o possível para ajudar.

“É uma posição sempre difícil, acho que o clube ainda não chegou a uma decisão. É um assunto extremamente delicado, eles [CBF] não passaram ainda uma posição definitiva e o que o clube está tentando fazer é arrecadar doações, fazendo o que é possível. Não é nem futebol, é ajudar o povo do Rio Grande do Sul. A grande ajuda quem dá nesse momento são os caras que estão na linha de frente, como Dunga, Thiago Maia… A gente pode ajudar com dinheiro, doações, mas quem está na linha de frente deve ser exaltado. É uma situação delicada e é difícil ter uma posição exata. Acho que tem que ser feito o melhor para os clubes e povo do Rio Grande do Sul”, pontuou. Correio da Bahia