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Cerca de 1,5 mil números de telefones foram alvo de espionagem, segundo dados obtidos pela investigação da Polícia Federal (PF) que apontam que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria sido instrumentalizada para monitorar ilegalmente uma série de autoridades e pessoas envolvidas em investigações, e também desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foram 60 mil acessos para monitorar esses números de telefone, segundo apurou o blog.

Entre aqueles que seriam responsáveis, segundo a investigação, está o deputado federal, Alexandre Ramagem (PL-RJ), que é ex-diretor da Abin e que teria, segundo as investigações, comandado pelo menos parte dessa apuração durante o governo Bolsonaro.

Na quinta-feira (25), a PF realizou busca e apreensão contra Ramagem. A Abin utilizou o software FirstMile durante o período em que Ramagem foi o diretor-geral do órgão, no governo Jair Bolsonaro. A investigação da PF apontou que o software comprado pelo governo usava de GPS para monitorar irregularmente a localização de celulares de servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e até mesmo juízes.

Naquele momento, quando a denúncia do uso do sistema veio à tona, a Abin confirmou ao g1 que utilizou a tecnologia. O programa foi comprado no fim do governo Temer, a poucos dias da posse de Jair Bolsonaro, e usado até parte do terceiro ano do seu mandato.

“A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) informa que o contrato 567/2018, de caráter sigiloso, teve início em 26 de dezembro de 2018 e foi encerrado em 8 de maio de 2021. A solução tecnológica em questão não está mais em uso na ABIN desde então”, afirmou. G1