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No âmbito da operação Vigilância Aproximada, deflagrada nesta última quinta (25) para apurar suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Federal (PF) suspeita que filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenham sido beneficiados.

Conforme Daniela Lima, no G1, os investigadores suspeitam que a Abin foi usada para municiar o senador Flávio Bolsonaro (PL) e o irmão, Jair Renan, com dados e provas que poderiam ser usados em suas defesas em ações judiciais.

De acordo com a jornalista, a agência foi acionada para defender Flávio no caso das “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, quando ele ainda atuava como deputado estadual.

Além disso, a Abin também teria fornecido provas para ajudar Jair Renan em uma investigação da Polícia Civil do Distrito Federal, por suspeita de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e associação criminosa para livrar empresas de suas obrigações com órgãos públicos e dívidas.

Durante o governo Bolsonaro (PL), a Abin foi chefiada pelo hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), alvo da operação da PF nesta quinta (25). Amigo da família, ele é suspeito de usar a agência para espionar adversários políticos do ex-presidente.