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O clã Bolsonaro chorou publicamente a morte de Tales Volpi ou MC Reaça, que se suicidou no último sábado (1) e derramou-se em elogios a ele. Mas ignorou solenemente a agente de viagens de 28 anos grávida espancada por ele pouco antes do suicídio. O funkeiro ficou conhecido por suas composições de apoio a Bolsonaro e de ódio às feministas.

Jair Bolsonaro escreveu que MC Reaça “será lembrado pelo dom, pela humildade e por seu amor pelo Brasil”; Eduardo Bolsonaro grafou que o artista era “gente fina”; Carlos Bolsonaro agradeceu: “Obrigado sempre pela força!”. Nenhum deles escreveu uma linha sequer sobre a mulher, grávida de MC Reaça, brutalmente espancada.

A mulher, cujo nome vem sendo mantido em sigilo, continua segue internada no Hospital Augusto de Oliveira Camargo (HAOC), de Indaiatuba. Ela já deixou a UTI e seu estado de saúde agora é estável, segundo informação da assessoria de imprensa do hospital na manhã desta segunda-feira (3). Ela precisará ser operada, mas cirurgia só deverá ocorrer quando o inchaço dos hematomas diminuir, segundo o jornalista Felipe Branco Cruz.

O funkeiro era casado com outra mulher e agrediu a agente de viagens, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal, após ela revelar que estava grávida. O boletim de ocorrência da agressão foi registrado em outra delegacia, na cidade de Indaiatuba, pelo pai da vítima. No documento, o pai diz que a filha sofreu hematomas na face e no olho direito, além de fraturas no maxilar e aponta Tales como o autor das agressões.