Foto: Sergio Dutti/Veja/Reprodução

Postulante a governador da Bahia com o apoio de Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal e ex-ministro da Cidadania, João Roma (PL), terá a menor aliança política de um candidato ao governo, com apoio do presidente da República, desde a redemocratização do país.

Além do PL, Roma tem, até o momento, na coligação apenas o PTB, que, inclusive, ameaça romper politicamente caso não indique o vice-governador da chapa bolsonarista. Com tão somente dois partidos, este é o arco de alianças mais enxuto de um candidato do presidente da República a disputar o governo da Bahia. Em média, os postulantes a governador, que tiveram apoio do chefe do Palácio do Planalto, tiveram oito partidos na coligação.

Foi o caso de Jaques Wagner (PT), que foi apoiado por Lula (PT), em 2010, e Rui Costa (PT), que teve o aval de Dilma Rousseff (PT), em 2014. Ambos tiveram oito legendas na coligação. Wagner contou com os apoios de: PRB/PP/PT/PDT/PSL/PHS/PSB e PCdoB. Já Rui teve: PT/PP/PSD/PDT/PR/PCdoB/PTB/PMN.

Em 2006, quando teve sua primeira vitória, Wagner montou a coligação mais forte, também sustentada por Lula. O petista teve nove siglas: PT/PMDB/PCdoB/PSB/PPS/PV/PT/PMN e PRB. Na eleição de 1990, o presidente Fernando Collor apoiou Antonio Carlos Magalhães, que teve uma aliança com seis legendas: PFL/PDS/PTB/PL/PDC/PST.

No pleito de 2018, o presidente Michel Temer (MDB) não teve candidato na Bahia. Isso ocorreu também em 1994, com Itamar Franco, e quatro anos antes, em 1986, com José Sarney (MDB). Na eleição de 1998, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) teve um palanque duplo, com João Durval Carneiro (PDT) e César Borges (PFL). Ambos tiveram coligação com 9 partidos.

Apoio 

Apesar de ser do partido do senador Otto Alencar (PSD), o prefeito de Boa Nova, Adonias Rocha, declarou ontem apoio à pré-candidatura de ACM Neto (União Brasil) ao Governo da Bahia. O ex-prefeito de Salvador visitou o município e foi recepcionado pelo prefeito e pelo grupo político na cidade, em evento com a presença do vice-governador João Leão (PP), parlamentares e lideranças locais e estaduais.

O prefeito ressaltou que o governo do PT no Estado não deu a atenção devida às necessidades de Boa Nova. “Quando ACM Neto despontou e fez a gestão que fez em Salvador, ele criou a esperança de que a gente voltaria a participar do Governo da Bahia como instituição, para que o município de Boa Nova voltasse novamente a ser beneficiado pelo Estado, tivesse de fato como parceiro. É isso que a gente almeja, que a gente precisa. A gente vê as carências no município que perduram por décadas e que não têm melhorado, não têm avançado”, disse Adonias. Tribuna da Bahia