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O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, afirmou, em decisão nesta sexta-feira (22), que “o alegado combate à corrupção não pode servir de biombo para se praticar, no processo e na atividade judicante, as mesmas condutas que se busca reprimir”.

O trecho é parte da argumentação usada pelo corregedor para determinar a apuração da conduta do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União-PR) e da juíza federal Gabriela Hardt à frente dos processos da Lava Jato na 13ª Vara Federal em Curitiba.

As condutas serão apuradas em reclamações disciplinares abertas a partir de informações colhidas em auditoria feita pela Corregedoria Nacional de Justiça na 13ª Vara Federal e em gabinetes dos desembargadores integrantes da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

As chamadas correições são abertas para identificar erros e eventuais excessos cometidos por magistrados em processos judiciais, conforme o CNJ. A inspeção analisou informações do período de 2013 a 2023.

O corregedor cita que a correição encontrou uma “gestão caótica” no controle de valores fruto de acordos de colaboração e de leniência firmados com o Ministério Público Federal (MPF) e homologados pela 13ª Vara Federal de Curitiba na Lava Jato. G1