(Antônio Soares/CS Sergipe)

O roteiro já está até repetido. O Vitória abre o placar, mas não consegue sustentar o resultado e perde a chance de ganhar. Foi assim mais uma vez nesta quarta-feira (15), diante do Sergipe, fora de casa. O Leão marcou com Camutanga, já no segundo tempo, mas viu o rival virar. Assim, segue sem vencer na fase de grupos da Copa do Nordeste.

Técnico rubro-negro, Léo Condé lamentou mais uma queda de rendimento na etapa final. O mesmo já havia acontecido em sua estreia no comando do Vitória, quando a equipe inaugurou o marcador diante do Jacuipense, pelo Campeonato Baiano, mas sofreu o empate.

“Realmente, pelo meu segundo jogo consecutivo, a equipe caiu de rendimento no mesmo momento do jogo. Nós temos que buscar alternativa para as próximas partidas. O mais difícil a gente fez, abrir o placar. Depois, não conseguimos sustentar. Claro que está tudo muito corrido, sem tempo para treinar. Mas nós temos que buscar soluções, e vamos trabalhar em cima disso”, disse Condé, em entrevista coletiva.

O técnico ressaltou a melhora do Leão após os ajustes no intervalo. O time pressionou mais o adversário no segundo tempo, e conseguiu marcar o gol. Mas o empate atrapalhou os planos para o restante do duelo.

“No primeiro tempo, a gente entrou no jogo do adversário, um jogo de muita transição. Ficamos pouco tempo com a posse de bola. Nós temos um time técnico, que tem que ficar mais com a bola. Fizemos essa correção no intervalo, voltamos um pouco melhor, conseguimos fazer o gol. Mas, no momento até em cima das substituições que nós fizemos, quando tínhamos a ideia de ter o controle do jogo, sofremos o gol e voltamos a jogar novamente em transição. De uma certa forma, isso atrapalhou bastante a nossa estratégia naquele momento”, analisou.

Na visão de Condé, há um desgaste físico e emocional dos jogadores na atual temporada. O Vitória vem de uma sequência de 13 partidas em 41 dias. É uma média de um jogo a cada três dias. Além disso, está pressionado na própria Copa do Nordeste e no Campeonato Baiano, correndo o risco de não se classificar nas duas competições.

“Acho que um dos principais fatores que percebi no Vitória é o desgaste geral do aspecto físico e, principalmente, emocional por essa quantidade elevada de jogos no início da temporada. Sem dúvidas, é o que está mais atrapalhando o Vitória neste momento, a maratona. Mas não tem como fugir dela. É uma realidade. Espero que a gente consiga resolver isso com resultado e treinamento”, afirmou.

Os próximos dias, porém, seguirão em maratona. O Vitória terá dois jogos seguidos em casa pelo Nordestão: no próximo sábado (18), às 16h30, enfrenta o ABC no Barradão; em seguida, na quinta-feira (23), o rubro-negro recebe o Náutico, às 19h. No dia 26, é hora de se voltar para o Baianão, na rodada derradeira diante do Barcelona de Ilhéus.

O técnico lamentou a intensa sequência de jogos, o que disse atrapalhar na correção de erros. Mas lembrou que algumas falhas são individuais – e que não dá para culpar a falta de tempo. “Isso a gente corrige com treinamento. Infelizmente, não estamos tendo esse tempo. Está tudo muito na correria, apenas cinco dias de clube. Mas eu tenho certeza que, quando a gente tiver esse tempo, vamos fazer as correções. Mas tem algumas questões que são coletivas, outras que são individuais. O atleta precisa ter mais atenção, porque alguns erros individuais não dá para ajustar com treinamentos. É mais em cima de atitude mesmo, espero que sirva de aprendizado”. Correio da Bahia