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Considerada a capital do recôncavo baiano, Santo Antônio de Jesus completa 142 anos de emancipação neste domingo(29). O município está localizado a 187 km de Salvador, e é considerado a capital do recôncavo pela sua importância como centro comercial, industrial e de serviços de toda a região. Contando com uma de população estimada de 102 380 habitantes em 2020, limita-se com os municípios de Aratuípe, Castro Alves, Conceição do Almeida, Cruz das Almas, Dom Macedo Costa, Elísio Medrado, Laje, Muniz Ferreira, Mutuípe, Nazaré, São Felipe, São Miguel das Matas e Varzedo. Além da sua importância econômica, Santo Antônio de Jesus sedia anualmente movimentadas festas juninas, que atraem milhares de visitantes de todo país, e que tornaram a cidade conhecida por realizar o melhor e mais popular São João da Bahia.

A sua história

As primeiras expedições no território deste município resultaram da colonização na área do rio Jaguaripe, realizadas nos séculos XVI e XVII. Os primeiros colonizadores que desbravaram a região foram Pero Carneiro e D. Álvaro da Costa, que juntaram-se aos índios descendentes de Pedra Branca, que inicialmente habitavam a região, em expedições pelo local. As terras férteis, as valiosas madeiras de lei e abundância dos recursos fluviais, foram fatores relevantes para o povoamento desta localidade. Com o passar do tempo iniciaram-se as primeiras plantações de cana-de-açúcar com o estabelecimento de pequenos engenhos e roçados para a atividade agrícola, a qual teve como principal fonte de exploração o cultivo de mandioca.

Nessa época, nos idos de 1663, através de Carta Régia, já havia sido recomendada, à Relação da Bahia, proteção aos indígenas e delimitação de reserva de uma légua quadrada de terra, para que fosse feito o aldeamento e sustento dos silvícolas. Os índios mais conhecidos eram os da Aldeia de Santo Antônio. Após a doação de sesmarias e sua consequente divisão, em 1644, há o registro dos mais antigos limites que iriam dar inicio ao atual município de Santo Antônio de Jesus, embora não o abranja de todo.

O primeiro povoado

No século XVIII já havia um grande número de lavradores de farinha, que tornara-se a principal economia do lugar, dentre os quais sobressaíam-se os nomes dos padre Mateus Vieira de Azevedo e dos fazendeiros e comerciantes Antônio de Souza Andrade, João Borges de Escobar, José Ferreira de S. Paio e Bento Pereira. O padre Mateus Vieira de Azevedo é uma das figuras que mais se destacara no processo de desbravamento do município de Santo Antônio de Jesus. Sua residência, nas proximidades do rio Sururu foi transformada no primeiro povoado do município, onde foi erguido o oratório consagrado a Santo Antônio de Jesus.

Em 23 de setembro de 1777, o oratório foi transformado em Capela, e em 19 de junho de 1852, foi elevada à categoria de Igreja Matriz. Município criado com os territórios das freguesias de Santo Antônio de Jesus e de São Miguel da Nova Laje, desmembrados de Nazaré, pela Lei Provincial de 29.05.1880. Teve o nome simplificado para Santo Antônio em 1931, recebendo em 1938 novamente a denominação de Santo Antônio de Jesus. A sede foi elevada à categoria de cidade através Ato Estadual de 30 de junho de 1892.

A sua economia

Sua agricultura tem grande produção de amendoim, limão e laranja. Na pecuária o município conta com criadores de bovinos e muares. No setor de bens minerais, é produtor de areia e argila. Sua rede hoteleira conta com 741 leitos. No ano de 2001, o município registrou 23.175 consumidores de energia elétrica com um consumo de 43.583mWh. Segundo dados da SEI/IBGE, o PIB do município para 2014 foi de 1 767 591 e a estrutura setorial está distribuída da seguinte forma: 5,62% para agropecuária, 21,30% para indústria e 73,08% para serviços e comércio.

O comércio e o serviço, tornaram-se a principal forma de economia a partir da década de 1970, quando houve uma migração da população rural para a cidade. A feira livre, é considerada como a feira livre mais barata da Bahia, onde tem qualidade, preços baixos e variedades e movimenta com grande fluxo de consumidores a economia local. A indústria tem se tornado cada vez mais forte no município. A Cidade é sede de varias empresas que atuam em todo o Brasil e uma das principais na produção dos chamados Licores do Recôncavo, tendo indústrias de base tecnológica neste setor.

Vamos visitar o passado?