A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) registrou até esta última terça-feira (27), que 1.307 médicos cubanos já haviam retornado ao país caribenho. De acordo com a Organização Pan-Americana, os profissionais de saúde saíram do Brasil em sete voos fretados, e outros estão previstos para os próximos dias segundo informações do G1. Por enquanto, o único estado de onde os médicos ainda não saíram foi o Acre.

 

Os cubanos que já foram embora atendiam em 733 municípios de 25 estados e do Distrito Federal do país, afirma a Organização de Saúde, que mediou a participação dos caribenhos no Mais Médicos. No total, os profissionais caribenhos atuavam em cerca de 2,8 mil cidades brasileiras, além de 34 distritos indígenas, distribuídos em diversos estados.

 

Nesta última segunda-feira (26), o Ministério da Saúde divulgou a lista de municípios onde profissionais brasileiros já estão atuando em substituição aos médicos cubanos. Eles foram selecionados pelo último edital, aberto no dia 20, que abriu 8.517 vagas em todo o país. Até esta terça-feira (27), 97% delas já haviam sido preenchidas. Porta-voz diz que Cuba não foi procurada por Bolsonaro para discutir Mais Médicos Sobre o Programa Mais Médicos.

 

Foi criado em julho de 2013 para ampliar o atendimento médico principalmente em regiões mais carentes. Em agosto de 2013, fechado acordo com a Opas para participação de médicos cubanos. Participação de brasileiros formados no Brasil aumentou 38% entre 2016 e 2017, de acordo com o Ministério da Saúde.

 

Programa tem 18.240 vagas em mais de 4 mil municípios e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). Atende cerca de 63 milhões de brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde. Participação de cubanos no programa tinha sido renovada no início deste ano por mais cinco anos.

 

Levantamento do governo divulgado em 2016 apontou que o programa é responsável por 48% das equipes de Atenção Básica em municípios com até 10 mil habitantes. Em 1.100 municípios atendido pelo programa, o Mais Médicos representava 100% da cobertura de Atenção Básica, de acordo com dados divulgados em 2016. G1