Marcello Casal jr/Agência Brasil

O fechamento de vagas de trabalho ficou abaixo do esperado em junho – mas isso não significa que o mercado de trabalho tenha absorvido os efeitos da pandemia do novo coronavírus. A opinião é de quatro economistas consultados a respeito do resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o mês de junho.

Segundo a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, o Brasil perdeu apenas 10,9 mil vagas formais de trabalho no mês passado, contra projeções que davam conta de um corte de 10 vezes mais postos de trabalho. Ainda assim, o semestre fechou com recorde de 1,2 milhão de postos eliminados durante a crise.

Os números de desemprego também ficaram aquém do esperado. A taxa oficial de desemprego no Brasil subiu para 12,9% no trimestre encerrado em maio, atingindo 12,7 milhões de pessoas, com um fechamento de 7,8 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior.

A desaceleração do Caged de junho, contudo, tem o apoio de programas governamentais com data para terminar. Soma-se a isso o efeito do Auxílio Emergencial, que compensou as perdas na massa salarial da população.