A defesa de Lula tem até a próxima segunda-feira (19) para apresentar os últimos pedidos na ação do caso do sítio de Atibaia. O prazo foi estipulado pela juíza Gabriela Hardt, sucessora de Sérgio Moro nos processos da Operação Lava Jato, em Curitiba. A magistrada interrogou o ex-presidente e o pecuarista José Carlos Bumlai na última semana. Lula é réu no processo do sítio de Atibaia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

 

A Lava Jato sustenta que o ex-presidente foi beneficiário de R$ 1,02 milhão, supostamente repassados por Carlos Bumlai e pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, na forma de melhorias da propriedade rural no interior de São Paulo que seria de uso do ex-presidente. Após a apresentação da defesa, o próximo passo na ação penal serão as alegações finais.

 

Esta será a parte derradeira do processo, na qual o Ministério Público Federal apresentará as argumentações e pedidos a serem considerados pela Justiça. No interrogatório com Hardt, Lula falou por cerca de 3 horas. Após o depoimento, na Justiça Federal de Curitiba, ele retornou à carceragem da Polícia Federal, escoltado por um forte aparato de agentes armados. Esta é a terceira vez que Lula foi ouvido como réu da Operação Lava Jato.

 

A primeira foi em 10 maio de 2017, a segunda, em 13 de setembro. Em ambas as audiências foi interrogado pelo juiz Sérgio Moro. Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, condenado a 12 anos e um mês no caso envolvendo o tríplex do Guarujá. O processo está em fase recursal nos tribunais superiores de acordo com o jornal Estado de S.Paulo..