Em reação às críticas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quinta-feira (7) ser contra o aborto, mas defendeu que a prática seja tratada como uma questão de saúde pública. “A única coisa que eu deixei de dizer na fala que eu fiz é que eu sou contra o aborto. Tenho 5 filhos, 8 netos e uma bisneta. Sou contra o aborto. O que eu disse é que é preciso transformar essa questão do aborto em uma questão de saúde pública. (…) Qual é o crime? Mesmo eu sendo contra o aborto, ele existe”, disse em entrevista à rádio Jangadeiro, de Fortaleza (CE). Na terça-feira (5), durante evento da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, enquanto falava sobre desigualdade, Lula disse: “Mulheres pobres morrem tentando fazer aborto, porque o aborto é proibido, é ilegal […]. Enquanto a madame pode ir fazer um aborto em Paris, escolher ir para Berlim. Na verdade, deveria ser transformado em uma questão de saúde pública e todo mundo ter direito, e não vergonha.”