(Arisson Marinho/CORREIO)

Famílias da cidade de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, passaram a usar lenha para fazer comida, após o botijão de gás de cozinha passar a custar R$ 150 em algumas distribuidoras no município.

“Tem lugar que até de R$ 150 eles estão cobrando. Ou come ou vive, né? Não tem outro jeito”, disse a dona de casa Sônia Dutra.

Para Ione Brito, tamém dona de casa, o aumento no preço do botijão pesa no orçamento, já que a família dela é composta por sete pessoas e eles trocam o botijão a cada 15 dias. Ela e o marido estão desempregados.

Como não tem condições de comprar o botijão de gás, Ione passou a diminuir a frequência do uso do fogão.

“Só uso para fazer um café, um cuscuz, uma merenda para os meninos na parte da tarde. Só coisas rápidas, porque não dá para gastar muito, tem que ser coisa rápida”, contou.

Gastando R$ 260 por mês apenas com a compra de gás, Ione improvisou um fogão de lenha, com oito tijolos, duas placas de metal e madeira, no quintal de casa.

“É muito triste, revoltante também, porque nós somos de baixa renda, precisamos muito do gás de cozinha e encontramos um preço absurdo desse”, desabafou.

O preço do gás de cozinha já aumentou três vezes esse ano na Bahia e tem revendedora cobrando mais caro desde a última semana. Em Salvador, com o livre mercado, tem sido comum encontrar preços diferentes até no mesmo bairro.

Uma revendedora no bairro de São Caetano, na capital baiana, mudou a placa com preço na semana passada. Antes custava R$ 100 e agora o preço subiu para R$ 104,99, comprando na loja.

Na frente do estabelecimento, outra revendedora cobra R$ 94,99 pelo botijão de gás de 13 quilos. Em Salvador, os preços do gás de cozinha tem variado, em média, entre R$ 100 e R$ 135. G1