O secretário de segurança pública da Bahia, Mauricio Barbosa disse durante o balanço feito pelo órgão, nesta quarta-feira (26), que a operação do Carnaval de Salvador em 2020 foi uma “experiência muito exitosa”.

“É o início de uma nova era, antes nos lutávamos para ter uma estimativa das pessoas no carnaval. Conseguimos com os portais de abordagem e o reconhecimento facial nos deu uma visão próxima daquilo que nós esperávamos. Esse ano tínhamos uma expectativa de um número maior de prisões, e pelo sistema de reconhecimento prendemos 42 pessoas. Eram traficantes, homicidas, mandados por roubos”, explicou durante coletiva.

Apesar do incidente com arma de fogo na última segunda-feira (reveja aqui), Mauricio revelou que nenhuma morte registrada nos circuitos. Já no ano passado, uma pessoa acabou morta. “O caso mais grave foi o disparo de arma de fogo, na noite da última segunda-feira, ele tinha tornozeleira, estamos vendo quais as restrições que ele tinha. É um avanço, e superou as expectativas”, disse.

Com a ausência do governador Rui Costa (PT), Maurício fez questão de agradecer e valorizar o trabalho do governador pro Carnaval. O secretário ainda revelou que durante o período da festa, 11,7 milhões de pessoas passam pelos portais de acesso aos circuitos.

Logo após o secretário falar, o Comandante-Geral da Polícia Militar, o coronel Anselmo Brandão se retratou sobre sua declaração da estratégia adotada pela PM durante a festa.

“Fiz uma colocação de uma palavra que ficou muito forte, que iriamos ficar presenciando o folião na avenida. Houve uma distorção e na verdade não era isso. Temos uns postos elevados. Sentimos a necessidade de tirar a polícia do chão, pois incomodava o folião. Colocamos os portais”, disse Anselmo.

O coronel ressalta que perdemos muito espaços, e disse que é preciso repensar com o município e que a culpa não é só da polícia. Segundo ele, o caso de repercussão de uma guarnição que agrediu um folião durante o festejo, não reflete o que é o Carnaval de Salvador.

Anselmo ainda disse que garante que no ano que vem a PM não vai utilizar o modelo de observação, pois a sociedade não está preparada e que a comunidade pede e “remédio tem que ser mais duro”. (BN)