O empresário Leandro Troesch, encontrado morto dentro da própria pousada de luxo, em Jaguaripe, região do baixo sul da Bahia, não aprovava a amizade entre a esposa Shirley da Silva Figueiredo, com a ex-detenta Maqueila, suspeita de cometer estelionatos.

Conforme informou o delegado Rafael Magalhães, responsável pelo caso, as duas se conheceram quando estavam presas em 2021. Shirley da Silva Figueiredo e Leandro estavam juntos há 20 anos e foram condenados pelos crimes de sequestro e extorsão ocorrido em 2001.

Na época, eles foram ajudados por comparsas e conseguiram R$ 35 mil pelo resgate referente ao sequestro. Leandro foi condenado há 14 anos de prisão e Shirley a nove. Leandro e Shirley cumpriram pena no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, mas estavam em prisão domiciliar.

De acordo com o delegado, após a Justiça determinar a soltura das duas mulheres, Shriley empregou Maqueila na pousada do marido. Quando Leandro foi solto, ele não gostou de saber da contratação da ex-presidiária e pediu para que a esposa demitisse Maqueila.

Em 25 de fevereiro deste ano, dez dias após a demissão de Maqueila, Leandro foi achado morto com um tiro na cabeça, dentro da pousada. A Polícia Civil investiga a relação entre a ex-detenta e Shirley, no entanto, as duas linhas de investigação sobre a morte do empresário são suicídio e homicídio.

A única pessoa que estava no quarto com Leandro no momento da morte dele foi Shirley. À polícia ela contou que tomava banho quando ouviu o barulho do disparo e encontrou o marido morto no quarto do casal.

Após a morte de Leandro, Shirley saiu de casa e desde então não foi mais vista. Como ela era considerada testemunha importante na morte do empresário e cumpria a prisão domiciliar, não poderia ter deixado a cidade. Diante da situação, a Polícia Civil pediu e conseguiu a prisão preventiva dela que já é considerada foragida da Justiça.

Morte de funcionário

Um homem, identificado como Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, foi assassinado a tiros no domingo (6), no distrito de Camassandi, no município de Jaguaripe. A Polícia Civil anunciou que já identificou o suspeito de cometer o crime, mas até o momento ninguém foi preso.

De acordo com a Polícia Civil da região, Billy era funcionário, amigo e considerado o “braço direito” de Leandro Troesch. Marcel foi ouvido pela polícia após a morte do empresário, mas seria ouvido novamente na segunda-feira (7).

“A gente investiga a relação do Marcel com tráfico de drogas e não descarta que a morte dele tenha sido causada por isso, mas também não deixamos de investigar a possibilidade de queima de arquivo”, disse Rafael Magalhães. G1