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Durante a sessão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal desta última terça-feira (11), o ministro Gilmar Mendes voltou a afirmar que o ex-juiz suspeito e atual senador Sergio Moro e o ex-procurador Deltan Dallagnol “roubavam galinhas juntos”, referindo-se às articulações entre ambos na condução da Operação Lava Jato.

A sessão desta terça-feira discutia uma reclamação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o encerramento de uma ação de improbidade contra a construtora Queiroz Galvão, que tramitava na Justiça Federal de Curitiba, de acordo com a Folha de S. Paulo. Em meio às deliberações, Gilmar Mendes aproveitou para relatar um “encontro muito divertido” que teve recentemente com Moro.

“Num encontro muito divertido que tive não faz muito tempo com o senador Sergio Moro, eu tive a oportunidade de dizer a ele, ‘viva voz’, como é do meu feitio. Disse a ele, usando uma expressão do nosso mundo rural, que há muito tempo eu já falava e denunciava, que ele e Dallagnol roubavam galinhas juntos. É uma expressão lá do meu Mato Grosso. E, claro, denunciei isso aqui muitas vezes na bancada. Mas a Vaza Jato obviamente veio tornar isso evidente, como que se davam as conversas, como que se dava essa cooperação entre Moro e Dallagnol. Mas aqui, há uma singularidade histórica: o diálogo se dá nos autos”, disse o ministro.

A declaração de Gilmar Mendes remete a um encontro revelado pela jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha no início de abril. Moro havia convidado Mendes para uma conversa presencial, que foi intermediada pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT), a pedido de Moro. Na ocasião, Moro negou ter cometido qualquer crime e defendeu a legalidade da Operação Lava Jato.

Durante o encontro, Gilmar Mendes foi direto ao ponto, acusando Moro e Dallagnol de conluio. “Você e Dallagnol roubavam galinha juntos. Não diga que não, Sergio”, afirmou Mendes. Ele também criticou a condução da Lava Jato e ironizou a indicação de Moro para o cargo de ministro da Justiça no governo Bolsonaro. Brasil247