As provas do “Enem dos concursos”, que vai unificar o processo de seleção dos servidores públicos, estão marcadas para o dia 5 de maio. Falta menos de dois meses para o exame.
1. Ainda é possível começar a estudar?⏱️
Segundo especialistas, por mais que o prazo esteja apertado, ainda dá tempo de estudar. Porém, os candidatos precisam começar a se preparar o mais rápido possível para tentar chegar ao mesmo nível de conhecimento de quem já estava se organizando.
Segundo Ivan Neto, professor especialista da Brabo Concursos, quanto antes os candidatos começarem a estudar, maiores serão as chances de aprovação.
Essa é a primeira edição do Concurso Nacional Unificado, o que é uma vantagem para aqueles que não estão acostumados com esse modelo de processo seletivo, afirma Elias Santana, professor de língua portuguesa do Gran Cursos.
“Essa é uma informação para a qual pessoas não estão tão atentas. Quando um concurso ocorre pela primeira vez, ele costuma dar mais oportunidades do que normalmente os que acontecem com mais frequência oferecem”, diz.
2. Precisa estudar todos os dias? 📝
Independentemente do tempo que falta para a prova, o recomendado é que o candidato estude todos os dias, mas isso vai depender da rotina do participante. Além disso, os especialistas afirmam que cada um precisa entender qual é a sua capacidade máxima de horas para reter informações.
“Não adianta estudar oito horas por dia e só reter informações por três horas e, depois, já começar a cometer erros. Está mais do que claro que é hora de parar, porque isso pode gerar cansaço, ansiedade, insegurança e afeta as horas de aprendizado”, afirma Elias.
O professor ainda destaca que o estudo exaustivo é uma técnica que já se mostrou ineficaz e que, atualmente, existem outras formas para que o aprendizado se torne mais qualitativo em vez de quantitativo.
“É importante que a pessoa, nessa reta final, olhe para a sua realidade. Trabalha? Tem família? O ideal seria que o candidato encontrasse horas de estudo todos os dias. Por exemplo, no domingo por uma hora, ou duas horas numa quarta-feira à noite”, explica.
Segundo o especialista, para fazer uma boa preparação para concurso público, não é necessário que o candidato tenha uma grande disponibilidade de horas por dia para estudar. O importante é saber qual a quantidade de tempo livre para estudos, e, assim, fazê-la render ao máximo.
3. É o caso de priorizar algum conteúdo? 📒
O ideal é não deixar nenhum conteúdo de lado para priorizar um tema específico. Segundo os especialistas, o candidato precisa fazer uma leitura de todas as matérias que serão cobradas no bloco temático escolhido.
“A Cesgranrio tem mais de 35 anos de mercado fazendo prova de concurso público. Então, tem um vasto banco de questões da banca organizadora. O ponto mais importante agora é analisar os temas mais cobrados”, afirma Ivan Neto.
De acordo com o professor, por mais que a prova seja inédita, o conteúdo das avaliações é antigo e já foi exigido em outros concursos públicos. O correto é que os candidatos respondam questões da Cesgranrio, para entender o perfil da banca e conhecer quais serão os temas mais cobrados.
O participante também precisa ficar atento aos conteúdos específicos. “A tendência é que esses assuntos sejam mais explorados, então o candidato tem que olhar com muito carinho para essa área e treinar as questões discursivas no caso de nível superior”, afirma o professor Elias Santana.
4. Como treinar a redação ou questão discursiva? ✍🏽
Treinar para a redação, no caso de nível médio, ou questão discursiva, para os candidatos de nível superior, é essencial para quem busca aprovação no “Enem dos concursos”. Mesmo sem saber qual será o tema exigido, o candidato consegue se exercitar com base nos assuntos abordados no edital.
“É preciso treinar temas que se aproximem da realidade bloco escolhido, mas que também tenham relação com a realidade contemporânea vivida no Brasil. A prova traz esse viés, que aparece no edital e que provavelmente deve ser tema na questão discursiva”, analisa o professor do Gran Cursos.
Tanto na redação, quanto nas questões discursivas, a resposta deverá ter introdução, desenvolvimento e conclusão. A quantidade de linhas deve estar descrita no enunciado, mas o comum é exigir entre 20 e 30 linhas, afirma o especialista.
Além disso, durante o período de estudo, é importante que o candidato busque uma forma de corrigir as questões e redações que está fazendo para treinamento. O educador orienta buscar profissionais que trabalhem com língua portuguesa, como um professor de escola pública do bairro.
Outra dica é trocar redações com outros colegas que também estão estudando para o “Enem dos concursos” no mesmo bloco temático. A ideia é ambos exercitarem o mesmo tema e trocarem as questões entre si para um corrigir o texto do outro.
“Essa é uma técnica que eu chamo de ‘meu par na discursiva’. Por exemplo, a proposta da semana é treinar uma questão que envolve agências reguladoras e meio ambiente. Os dois amigos combinam, fazem o texto e trocam para olhar se o tema está ali proposto da maneira adequada”, afirma Santana.
O professor ainda destaca que recursos de inteligência artificial, como o ChatGPT, também podem auxiliar o candidato. “Dá para fazer comparações entre respostas diferentes, ou até mesmo propor para a IA que promova naquele texto alguma correção ou comentário”, completa o especialista.
5. Como encontrar materiais para estudo? 👩🏽💻
Atualmente, é possível encontrar diversos cursos preparatórios para concursos, mas nem todos os candidatos têm condições financeiras de pagar por essas aulas. Uma recomendação dos professores é buscar conteúdos gratuitos na internet.
No Youtube, por exemplo, estão disponíveis lives que analisam os editais, além de videoaulas que focam em temas específicos. Ainda é possível encontrar provas de concursos anteriores e cartilhas em sites de órgãos do governo federal que abordam temas previstos no edital.
“Tem muito material disponível gratuitamente na internet, não é pouco. A diferença é que o candidato vai ter um trabalho um pouco maior, que é buscar esses assuntos e filtrar. Em um curso preparatório, eles já oferecem isso porque essa busca já foi feita na internet, mas eu garanto que existe material suficiente”, diz o professor. G1
