Foto: Paula Froes/CORREIO

A secretária da Saúde da Bahia, Adélia Pinheiro, avaliou nesta segunda-feira (14) que os casos de covid-19 podem começar a cair no estado, se a tendência apresentada em outros locais do mundo se repita aqui. Apesar disso, destacou que a pandemia mostrou que a covid é uma doença imprevisível e que é preciso seguir em atenção.

A análise de casos em outros países afetados pela variante Ômicron mostra que o pico acontece em seis semanas e, depois, começa uma queda. “É importante manter a situação atual, que é de alerta. A pandemia covid não nos oferece até hoje uma regularidade que nos permita fazer grandes previsões para o futuro. Esperamos sim que comece a cair, se reproduzir o que aconteceu em outros lugares”, disse a secretária, que esteve em um evento com o governador Rui Costa no Parque de Exposições.

Ela reforçou que é preciso continuar se cuidando. “Hoje temos mais de 28 mil casos ativos, um número de óbitos que impõe alerta, acompanhamento sistemático da ocupação de leitos. Hoje o recado é: use máscara, higienize as mãos, mantenha distanciamento. E busque sua vacina, que seu vizinho tome vacina, seu amigo tome vacina”, destacou.

“A expectativa é de diminuição (de casos) se ocorrer o que aconteceu em outros lugares do mundo. Mas hoje estamos em alerta. Não podemos diminuir nossa atenção para a covid porque estamos lidando com a vida dos queridos, se não o meu e seu, o de alguém”, diz a secretária. Com a vacinação infantil tendo atingido cerca de 22% do público na Bahia, a secretária admitiu que as metas ainda estão “distantes de alcançar”.

“Já vacinamos mais de 300 mil crianças de 5 a 11 anos. Nossas metas ainda estão disntantes de alcançar. Da mesma forma temos estoque de vacina atrasada na faixa etária de acima de 12 anos, que a gente já vem vacinando há mais tempo (…) Ainda assim, temos 5,6 milhões de pessoas com dose atrasada. È um esforço nosso e da imprensa, para nos auxiliar, sensibilizando a população a buscar a vacina”, reforçou.

Carnaval
Questionada sobre novas restrições para o período do Carnaval, que se aproxima, a secretária disse que seu papel é fornecer os dados para que o governador, ao lado de prefeitos, tomem decisões sobre o assunto.

“Enquanto autoridade sanitária e, claro, com toda equipe técnica trabalhando de forma contínua com os dados, oferecemos diariamente ao governador, para que ele, junto com os prefeitos, possa assumir as melhores decisões, como tem feito no que diz respeito ao estabelecimento das regras de controle de aglomerações e festividades. Em todo tempo estamos em estado de alerta”, afirmou.

O Carnaval oficial de Salvador foi cancelado, assim como várias festas particulares, e o estado tem no momento limite de 1,5 mil pessoas para eventos. No período, também não haverá ponto facultativo, como tentativa de evitar aglomerações. Correio da Bahia