13 pontos, três vitórias, quatro empates, duas derrotas e a amarga quinta colocação no Campeonato Baiano. Essa foi a campanha do Vitória em 2019, primeiro ano dos frequentes fracassos em se classificar para as semifinais do Baianão. Depois de seis anos de jejum, Patric Calmon e Alerrandro foram os responsáveis por dar fim a esse capítulo de insucessos, ao vencer o Itabuna por 2×0 na 9º e última rodada da primeira fase do Campeonato Baiano.
Com o resultado, o Vitória chega aos 19 pontos e termina o torneio em segundo lugar, já que o Bahia – mesmo com também 19 pontos – leva vantagem nos critérios de desempate pelo saldo de gols maior. 2018 foi o último ano que o Leão conseguiu avançar no Baianão. Em 2024, o Vitória enfrentará o Barcelona de Ilhéus, que ficou na terceira colocação. O primeiro jogo será disputado no estádio Mário Pessoa, já a volta será no Barradão. O outro confronto será entre Bahia e Jequié.
Sem passar sustos, o Vitória dominou o Itabuna durante grande parte do jogo. O time do sul da Bahia pouco conseguiu reagir aos avanços do rubro-negro baiano, que impôs o seu ritmo diante do adversário. Mesmo com diversas oportunidades, foram em apenas dois lances que o Leão conseguiu carimbar as redes do goleiro Patyego, mais do que o suficiente para sacramentar a classificação para as semifinais do Campeonato Baiano de 2024. Do outro lado, a derrota do Itabuna sacramentou o rebaixamento do Itabuna para a segunda divisão do estadual.
Ímpeto do Leão
O técnico Léo Condé foi à campo com duas mudanças em relação à vitória por 3×0 contra o Atlético de Alagoinhas. Poupado por estar pendurado, o zagueiro colombiano Zapata ocupou a vaga de Camutanga. Já Daniel Jr entrou no lugar de Matheus Gonçalves. Porém, inicialmente, quem teve o papel de atuar na ponta esquerda foi Matheusinho, deslocado da faixa central do meio de campo para que a estrutura montada pelo treinador se mantivesse, mesmo com dois meias de criação atuando juntos.
Já o comandante do Itabuna, Evandro Guimarães, que não pôde estar na beira do campo devido a uma expulsão contra o Jequié, promoveu quatro mudanças na equipe titular em relação à derrota por 8×0 contra o Nova Iguaçu, equipe do Rio de Janeiro, na Copa do Brasil. Na ocasião, o Azulão promoveu as entradas de Patyego, Joadson, Welton Heleno e Handrey.
A estratégia montada pelo comandante do rubro-negro apareceu logo no início do jogo, pois foi pelo corredor esquerdo que o time encontrou espaço para levar perigo ao Itabuna. Com apenas um minuto de jogo, Matheusinho foi acionado por duas vezes no ataque, gerando lances de perigo que geraram uma finalização para fora de Daniel Jr. Aos 12, novamente pela esquerda, Matheusinho cruzou e Alerrandro, de cara para o gol, desperdiçou a chance.
Nos primeiros 15 minutos, o ímpeto do time visitante obrigou o Itabuna a abaixar as linhas para deixar o Vitória propor e jogar, a partir de ligações diretas, aproveitando os contra-ataques. Jogando contra equipes mais retrancadas, o Leão naturalmente mostra mais dificuldade do que atuando contra times propositivos, como na derrota contra o Náutico na Copa do Nordeste. No entanto, a estratégia montada por Evandro Guimarães não conseguiu ter êxito, já que a equipe do sul da Bahia não encontrava espaços na defesa rubro-negra.
Quando o Leão diminuiu a pressão em cima do adversário, o Itabuna cresceu no jogo e conseguiu chegar mais perto das traves de Muriel, principalmente quando o Vitória subia ao ataque sem recompor rapidamente. A crescente, no entanto, não foi suficiente para que o mandante pudesse causar perigo ao adversário.
Como diz o ditado, “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. E quem foi o responsável por transformar a constante presença ofensiva em resultado foi uma figura pouco provável. Aos 22 minutos, Alerrandro fez o pivô e achou Patric Calmon, que encheu o pé de dentro da área para abrir o placar no estádio Mário Pessoa. Mesmo indo na direção do goleiro Patyego, o arqueiro do Itabuna deixou a bola escapar e carimbar 1×0 para o Vitória. O gol de PK foi o primeiro marcado por um lateral do Leão na atual temporada.
No restante do primeiro tempo, o cenário permaneceu com domínio da equipe rubro-negra e com poucas chegadas do Azulão. Mesmo com oportunidades de ampliar o placar, o Vitória não conseguiu transformar a atitude ofensiva em gols, principalmente pelas poucas finalizações.
Na volta para o segundo tempo, Léo Condé colocou o volante Willian Oliveira no lugar de Dudu. Já o técnico interino, Maico Franco, não fez mudanças durante o intervalo. O início da etapa final começou da mesma forma que o início do confronto, com o Vitória partindo em direção ao gol adversário e o Itabuna mostrando dificuldade de agredir o visitante.
Mesma mentalidade, diferente estrutura. Apesar de iniciar o segundo tempo pressionando o Azulão, o posicionamento dos jogadores rubro-negros sofreu alterações. Matheusinho voltou para o meio, enquanto Osvaldo foi para a ponta esquerda e Daniel Jr ocupou o lado direito do ataque.
Com 15 minutos da etapa final, as equipes cansaram e o ritmo diminuiu, principalmente da equipe do Leão. Mas, o que parecia ser uma estabilização no jogo, deu lugar a mais uma comemoração. Aos 18, Osvaldo recebeu pela direita e cruzou rasteiro para a entrada da área. O camisa 9 do Leão, Alerrandro, dominou com a perna direita, girou e chutou com a esquerda no canto do goleiro do Itabuna para ampliar o resultado, 2×0 Vitória.
Percebendo o cansaço, o técnico Léo Condé promoveu a entrada de Matheus Gonçalves, Zé Hugo e Luan, que renovaram o ânimo da equipe, permitindo novas dinâmicas no último terço do campo. Sem centroavante de ofício, já que Alerrandro foi substituído, Osvaldo e Luan revezavam na função de falso nove.
Ainda no segundo tempo, o Vitória ainda teve mais oportunidades de ampliar novamente o placar com Luan, em cobrança de falta, e Matheus Gonçalves, recebendo na esquerda e cortando para o meio. No final, os gols de Partic Calmon e Alerrandro foram suficientes e deram números finais à partida. O Vitória volta a campo na quarta-feira (6), pela Copa do Nordeste para enfrentar o Itabaiana, no Barradão. Correio da Bahia
