Coordenador da campanha de Fernando Haddad à Presidência no ano passado, o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, elogiou o aliado, mas disse que é difícil ter “candidatos naturais”, ao ser perguntado se o ex-prefeito de São Paulo é naturalmente o postulante do PT à Presidência em 2022.

Nos últimos meses, surgiram rumores de que Haddad terá que disputar, dentro do PT, com o governador da Bahia, Rui Costa, a indicação para ser o candidato a presidente da República. “Acho difícil ter candidatos naturais. Eu, pessoalmente, acho o Haddad muito forte. Tem legitimidade para ser um líder importante no país. Tem capacidade de articular segmentos tanto da esquerda quanto da centro-esquerda que é única”, declarou Gabrielli.

No mês passado, o senador Jaques Wagner (PT-BA), que foi cotado para ser candidato a presidente em 2018, disse que Haddad era o “nome natural”. Gabrielli entende que Rui e o ex-prefeito de São Paulo “não são antagônicos”, mas sim “complementares”. Já que, segundo ele, o governador da Bahia teria a capacidade de unir as forças do Nordeste e Haddad, outros segmentos.

“Eu acho que nós temos um processo de escolha de candidato que é um processo longo. Nós temos a eleição de 2020. Nós temos que montar e ampliar as caravanas de Haddad. Temos que intensificar a luta do ‘Lula, Livre’. Temos que combater os ataques do governo Bolsonaro ao povo. Temos uma agenda grande em que o candidato ainda está cedo para que se defina”, acrescentou. Bahia Notícias