O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse nesta sexta-feira (20) que houve “excesso de violência” no caso da morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, homem negro espancado até a morte em um supermercado de Porto Alegre, na noite de quinta (19). Dois homens foram presos em flagrante. Freitas foi agredido por seguranças brancos e morreu em uma unidade do Carrefour. As imagens da agressão foram gravadas e circulam nas redes sociais.

“Infelizmente nesse dia que nós deveríamos estar celebrando essas políticas públicas nos deparamos com cenas que deixam todos indignados pelo excesso de violência, que levou a morte de um cidadão negro, em um supermercado da capital gaúcha. Todas as circunstâncias em que esse crime aconteceu estão sendo apuradas, para que sejam punidos os responsáveis”, afirma o governador. Leite falou ainda que “os inquéritos policiais estão sendo levados adiante com muito rigor”.

Os nomes dos seguranças presos, de 24 e 30 anos, foram confirmados pela Polícia Civil. São Magno Braz Borges, e Giovane Gaspar da Silva. Um deles é policial militar e foi levado para um presídio militar. O outro é segurança da loja e está em um prédio da Polícia Civil. A investigação trata o crime como homicídio qualificado.

“Não é um policial de presença de policiamento ostensivo. Todo trabalho e todo esforço do governo é, justamente, no treinamento adequado dos nossos policiais pra atuar nas ruas e garantir segurança. Lamentavelmente, a gente vê o envolvimento de um policial que tem que cumprir tarefas administrativas, nessas cenas que nos deixam todos indignados. Houve excessos que deverão ser apurados e dada a consequência”, disse.

De acordo com a Polícia Federal, um deles não possuía o registro nacional para atuar na profissão, mas não informou, no entanto, qual dos dois. O advogado de Magno Braz, William Vacari Freitas, disse que não vai se posicionar sobre o caso, no momento. O outro tinha o documento registrado. Segundo a nota da corporação, a carteira será suspensa. João Alberto foi espancado pelos dois, após um desentendimento.

Ambos são funcionários de uma empresa terceirizada, Vector Segurança. A reportagem entrou em contato, e aguarda retorno. A PF ainda confirma que a empresa de segurança responsável pelo supermercado tem cadastro regular e foi fiscalizada em agosto deste ano.

Integra do vídeo do governador

Hoje é dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Exatamente aqui estou, com o material da Polícia Civil, porque o nosso governo criou no ano passado um departamento de proteção a grupos vulneráveis, dentro dele vamos inaugurar, nos próximos dias, uma delegacia para apurar os crimes de intolerância, contra diversos grupos.

Infelizmente, nesse dia que nós deveríamos estar celebrando essas políticas públicas, nós deparamos com cenas que deixam todos indignados pelo excesso de violência, que levou a morte de um cidadão negro, em um supermercado da capital gaúcha.

Todas as circunstâncias em que esse crime aconteceu estão sendo apuradas, para que sejam punidos os responsáveis.

Os inquéritos policiais estão sendo levados adiante com muito rigor, aqueles que se envolveram detidos, e já apresentado o inquérito por homicídio triplamente qualificado, toda investigação vai se dar no curso do processo. Não é um policial de presença de policiamento ostensivo.

Todo trabalho e todo esforço do governo é, justamente, no treinamento adequado dos nossos policiais pra atuar nas ruas e garantir segurança. Lamentavelmente, a gente vê o envolvimento de um policial que tem que cumprir tarefas administrativas, nessas cenas que nos deixam todos indignados. Houve excessos que deverão ser apurados e dada a consequência. G1