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O governo Jair Bolsonaro ocultou do Ministério Público Federal (MPF) a compra de máscaras de proteção impróprias pelo dobro do preço e que acabaram não sendo usadas por profissionais de saúde. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o governo pagou R$ 3,59 por máscaras do tipo PFF2 e R$ 8,65 por unidade de uma máscara que não foi distribuída. A diferença do custo foi de 141%. As duas compras foram feitas com dispensa de licitação, no começo da pandemia da Covid, em 2020. O então secretário-executivo do ministério, coronel do Exército Élcio Franco, e o então diretor do Departamento de Logística em Saúde, Roberto Ferreira Dias, que assina os contratos superfaturados, foram pressionados por procuradores a entregar a relação de todos os contratos de compra de máscaras já feitos pelo ministério durante a pandemia. Dias foi demitido da Saúde após um atravessador de vacinas inexistentes denunciar uma cobrança de propina pelo diretor no valor de US$ 1 por dose.