Com esse calor intenso que temos vivido no país, manter o ar-condicionado ligado é um consenso entre todos. No entanto, a temperatura dele pode não ser. E a ciência explica que a base dessa disputa, comum no ambiente de trabalho, tem a ver com o gênero: mulheres sentem mais frio que os homens.
👉 Segundo endocrinologistas, isso acontece por causa do metabolismo: os homens sentem mais calor em razão da testosterona, presente em maior quantidade no corpo masculino, o que faz com que eles gerem mais energia e, com isso, tenham um corpo mais quente. (Entenda mais abaixo.)
❄️ E estudos mostram que a temperatura mais baixa pode interferir no rendimento delas no trabalho.
🔥 A onda de calor tem gerado temperaturas extremas, com picos históricos. Na quinta-feira (16) Brasília, Goiânia, São Paulo e Vitória podem bater o recorde de calor do ano. Na semana passada, os termômetros na capital paulista chegaram a alcançar 37,8°C. No mesmo dia, a cidade teve um pico de consumo de energia, resultado também do uso de equipamentos de ar-condicionado.
Entenda por que mulher sente mais frio do que homem
Se o ambiente de trabalho tem sido um espaço de discussão sobre o avanço das questões de gênero, a onda de calor pode abrir mais uma: a da temperatura do ar-condicionado.
E a discussão é tão frequente que a ciência já se propôs a analisar o caso e descobriu não só que as mulheres precisavam de um ambiente menos frio, mas que isso também pode interferir no rendimento delas no trabalho:
- 🔎 Estudo publicado na revista Nature Climate Change em 2015, analisou 38 mil respostas sobre a satisfação da temperatura nos escritórios em 168 cidades nos Estados Unidos. As respostas indicaram que a insatisfação com o frio era 1,8 vezes maior entre as mulheres.
- 🔎 A mesma pesquisa ainda descobriu que o frio nos escritórios atrapalhava o rendimento de 42% das mulheres entrevistadas.
- 🔎 Um estudo mais recente, de 2019, liderado por um pesquisador da USC School of Business, de Los Angeles, nos Estados Unidos, analisou a interferência da temperatura do ambiente no desenvolvimento cognitivo de 500 pessoas, entre homens e mulheres. A descoberta foi que as mulheres tinham melhor desempenho quando o ambiente era mais quente, próximo dos 26°C.
A médica endocrinologista Maria Fernanda Barca, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), explica que os homens sentem mais calor que as mulheres por causa da testosterona presente em maior quantidade no corpo masculino, o que faz com que eles produzam mais energia, ficando com um corpo mais quente.
🚨 Atenção: Apesar de as mulheres sentirem mais frio que homens, isso muda na época da menopausa. Nessa fase, a mulher sente as ondas de calor (fogacho), principalmente, na região da cabeça, pescoço e peito. Isso ocorre mesmo nos ambientes mais frios, mas é importante levar em consideração essa fase da mulher na discussão sobre a temperatura do ar. G1