Desde a abertura do Hospital da Mulher, em janeiro de 2017, a unidade já realizou a captação de 50 córneas, tecido que melhora a visão ou possibilita que pessoas cegas possam enxergar. A unidade possui uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). O trabalho de captação de córneas pode ser realizado em até 6 horas após a constatação do óbito do paciente.

“Por não ser um hospital de “porta aberta”, nós não temos como fazer transplante de órgãos. A gente pode doar córneas. Temos uma parceria com o Banco de Olhos, eles vieram aqui em 2017, fizeram um treinamento e, então, quando o paciente é internado ele já é acolhido tanto pelo serviço social, quanto pela psicologia. Após o óbito, conseguimos ver o perfil do paciente, se ele é ou não elegível para a doação. Tendo o perfil, a gente aborda o familiar”, explica a presidente do CIHDOTT, Aline Botelho.

O trabalho, segundo o Hospital da Mulher, vem contribuindo com a redução da fila de espera por transplantes de córnea no estado. O HM é o segundo hospital com maior número de captações, seguido pelo Ana Nery e o Eládio Lasserre. Em primeiro lugar, vem o Hospital do Subúrbio. De acordo com a Secretaria de Saúde, apenas 30% das famílias abordadas dizem sim à doação de órgãos e tecidos. Por isso, é importante que o desejo de doar seja comunicado ainda em vida. O registro no documento de identidade não é mais realizado.