Foto: Betto Jr./Prefeitura de Salvador

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, criticou a postura do Ministério da Saúde (MS) de suspender a vacinação para adolescentes sem comorbidades, sob a justificativa de priorizar a 2ª dose e o reforço nos idosos, já que há falta de imunizantes no país. Para ele, a medida é equivocada e tomada a partir de uma má gestão.

Outro motivo levantado pelo ministério foi de que há relatos de efeitos adversos graves na vacina da Pfizer, que é a única liberada para aplicação em adolescentes no Brasil, atualmente. No entanto, o MS não detalhou quais os eventos adversos observados.

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgou nota em que afirma que a “vacinação de todos os adolescentes é segura e será necessária”. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) seguiu o mesmo posicionamento e informou que não há evidências para mudar a recomendação de uso da vacina em adolescentes.

“Eu considero uma decisão muito equivocada e tudo isso contribui para gerar mais instabilidade na vacinação. Essa é uma decisão que deveria ser previamente comunicada e respaldada, para não gerar a confusão que gerou. O ministério utilizou o argumento de a dose de reforço é a prioridade e, só em seguida, deveríamos vacinar os adolescentes”, ponderou o prefeito Bruno Reis.

“Em Salvador, temos condições de seguir com o reforço dos idosos e vacinar adolescentes simultaneamente, temos doses para isso. Há uma série de incoerência nesses processos, por má gestão de distribuição das vacinas no Brasil”, avaliou o prefeito. G1