O governador Rui Costa (PT) reagiu com naturalidade à suspensão dos testes da vacina de Oxford no Brasil. A Bahia é um dos estados que integra o estudo nesta etapa da aplicação em humanos. “Isso faz parte da pesquisa, da ciência, o sucesso e às vezes o insucesso de determinada linha de pesquisa”, afirmou o chefe do Executivo baiano. A declaração de Rui foi dada durante a entrega de uma unidade de saúde para reforçar a Atenção Básica em Salvador, na manhã desta quarta-feira (9).

Para Rui Costa, o ideal é que o país apoie e participe de várias pesquisas de vacina, independentemente da nacionalidade, como o governo baiano tem feito. “Acho que a União, o governo federal deveria estar sendo mais incisivo em buscar parcerias sem nenhum preconceito ideológico, dogmático com nenhuma nação do mundo”, criticou. A nível federal, a grande aposta do governo é a vacina da Universidade de Oxford, produzida pelo laboratório Astrazeneca.

Já a Bahia também firmou parcerias para testar a vacina chinesa Sinopharm, a vacina alemã Pfizer e agora pretende também testar a vacina russa, batizada de Sputnik V. O governo assinou um acordo de confidencialidade com a Rússia para obter acesso a dados sigilosos do estudo. Se a análise for positiva e, em seguida, os órgãos competentes aprovarem o protocolo, 500 pessoas vão participar da fase de testes no estado. De acordo com o governador, serão 250 lotes da vacina e 250 de placebo, como é feito nos testes de outros imunizantes.