Crédito: Tiago Caldas / ECBAHIA

Um mês depois de ter sido derrotado pelo principal rival, o Bahia vai reencontrar o Vitória, dessa vez na Fonte Nova e pela Copa do Nordeste. Invicto desde que foi derrotado pelo rubro-negro no primeiro clássico da temporada, o tricolor quer dar uma resposta à sua torcida no jogo das 21h30 de quarta-feira (20), válido pela 6ª rodada do regional.

“O clássico é sempre especial. Vamos tentar fazer nosso melhor. Precisamos vencer para tentar uma classificação em primeiro na chave. Temos quatro dias de intervalo de um jogo para outro, sem viagens, acho que podemos nos preparar bem para esse jogo. Vamos fazer nosso melhor”, projetou o técnico Rogério Ceni.

Com 12 pontos, o Bahia lidera o Grupo B e tem a melhor Campanha da Copa do Nordeste. O Vitória soma oito pontos e ocupa a terceira posição do Grupo A.

As condições atuais de logística e repouso são mais favoráveis do que eram em 18 de fevereiro, quando o Bahia perdeu por 3×2 para o Vitória, no Barradão, na 7ª rodada do Campeonato Baiano. O rubro-negro saiu na frente com Osvaldo, o tricolor virou com Thaciano e Everton Ribeiro, mas os donos da casa também viraram o marcador com Osvaldo e Alerrandro.

O time principal do Bahia havia entrado em campo três dias antes do clássico para vencer o América-RN, por 3×0, na Fonte Nova. E antes disso, uma equipe bem semelhante tinha perdido por 1×0 para o River-PI, em jogo disputado em Teresina, no Piauí.

Dessa vez, quase todos os jogadores que vão começar em campo no Ba-Vi foram preservados e estão sem jogar desde a última terça-feira (12), quando o Bahia venceu o Caxias nos pênaltis e garantiu vaga na terceira fase da Copa do Brasil.

Diante do Vitória, o Bahia vai defender uma invencibilidade que já dura oito partidas. Depois que perdeu para o rival, o Esquadrão acumulou sete triunfos e um empate. Apesar da boa fase, a ordem é não vacilar novamente no Ba-Vi.

“Clássico é sempre difícil, mesmo jogando dentro da nossa casa. O professor vem falando com a gente que esse jogo no meio de semana vai ser muito importante para a gente se manter bem na tabela da Copa do Nordeste. Independentemente de ser clássico ou não, temos que entrar dentro de campo e dar o nosso melhor, para que a gente possa conquistar o triunfo, que será muito importante. É tudo que queremos no momento”, afirmou Luciano Juba.

O Bahia terá o mando de campo e a torcida como trunfos. O time principal do Esquadrão ainda não perdeu na Fonte Nova nesta temporada. A única derrota em casa foi lamentada na estreia do Baiano, para o Jequié, por 1×0, mas na ocasião o tricolor jogou sob o comando do técnico do time sub-20, Rogério Ferreira, que escalou jogadores da base e outros pouco aproveitados no profissional. Rogério Ceni e o grupo mais badalado ainda faziam a pré-temporada em Manchester, na Inglaterra.

MUDANÇA NO TIME

O Bahia apresentará mudanças também na escalação do time com relação ao primeiro clássico da temporada, em especial na defesa. Ao contrário do que ocorreu no estadual, as traves serão defendidas por Marcos Felipe. A lateral esquerda pode ficar outra vez com o atacante Luciano Juba, mas a tendência é que seja missão do volante Rezende, como ocorreu contra o Caxias, na classificação à terceira fase da Copa do Brasil.

No primeiro clássico, Victor Cuesta tinha feito apenas dois jogos e não havia se firmado como titular, algo que já é realidade atualmente. O zagueiro canhoto deve começar em campo, enquanto David Duarte fica como opção entre os reservas.

O lado direito da defesa será o mesmo, com Kanu na zaga e Gilberto na lateral. Este último jogou contra o Jequié e deveria ficar fora do clássico seguindo o rodízio que o técnico Rogério Ceni vem aplicando nesse começo de temporada, mas terá nova chance de mostrar serviço no Ba-Vi. Atual titular da posição, Santiago Arias foi convocado pela seleção da Colômbia e desfalcará o tricolor nas próximas três partidas.

“O Gilberto fez uma partida mais tranquila, foi poucas vezes no fundo, fez mais a função de terceiro zagueiro em muitos momentos. Eu ia tirar ele, mas muitos jogadores pediram para sair, então ele foi até o fim. Ele suportou bem. E ele mesmo pediu para jogar. Acho que o Gilberto precisa de ritmo de jogo para entregar mais. Ele tem condições totais de estar bem no jogo de quarta-feira”, avisou Rogério Ceni.

Do meio para frente é possível que o time seja o mesmo que enfrentou o Vitória no Barradão, com Jean Lucas, Caio Alexandre, Cauly, Everton Ribeiro, Thaciano e Everaldo. Outra opção é Rezende atuar como primeiro homem de meio-campo, sua função de origem, e Caio Alexandre iniciar no banco. Nesse caso, Juba ficaria na lateral esquerda.

O Bahia foi a campo no primeiro clássico de 2024 com Adriel, Gilberto, Kanu, David Duarte e Luciano Juba; Jean Lucas, Caio Alexandre (Ademir e depois Gabriel Xavier), Cauly (Cicinho) e Everton Ribeiro (Yago Felipe); Thaciano (Rezende) e Everaldo.

Uma possível escalação do Bahia no reencontro com o Vitória teria Marcos Felipe, Gilberto, Kanu, Víctor Cuesta e Rezende; Jean Lucas, Caio Alexandre (Luciano Juba), Cauly e Everton Ribeiro; Everaldo e Thaciano. Correio da Bahia