Agência Brasil

O ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), pode declinar da pré-candidatura ao governo da Bahia, e ficar no atual cargo até o final do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo o jornal Folha de S. Paulo. De acordo com a publicação, Roma enfrenta dificuldade de construir seu palanque.

O primeiro obstáculo é o seu partido, Republicanos, que resiste em lhe garantir a legenda. Além disso, o movimento do PP no estado de deixar o governo de Rui Costa (PT) para apoiar a campanha de ACM Neto (União Brasil) esvaziou o apoio a Roma. O vice-governador João Leão (PP) será candidato a senador na chapa do ex-dirigente do DEM.

Ainda assim, o ministro tem dito a aliados que a tendência é deixar a pasta para concorrer ao Palácio de Ondina. Uma ala de aliados de Bolsonaro quer que o ministro dispute a eleição para dar palanque ao presidente na Bahia. Se isso ocorrer, o ministro deverá se filiar ao PL. Embora integrantes do partido reconheçam que ele terá uma campanha esvaziada, dizem que é a única possibilidade que existe de Bolsonaro ter um palanque no estado.

Se o desejo não se concretizar, Roma deve continuar no atual cargo até o fim do governo. Sua mulher, Roberta Roma, é candidata a deputada federal. O presidente tem insistido na campanha a governador da Bahia do seu ministro porque precisa de um palanque no estado, historicamente marcado pelo petismo e o carlismo.

Na semana passada, Bolsonaro esteve em Salvador e disse que “possivelmente” Roma será candidato a governador da Bahia nas eleições deste ano. “Ele é possivelmente, a ser negociado, um candidato ao governo do estado”, declarou Bolsonaro, durante visita ao Senae Cimatec, no bairro de Piatã, na capital baiana.

O presidente da República declarou ainda que será positivo se Roma for eleito governador. “Vamos supor, eu reeleito, e ele eleito aqui. Há uma maior interação entre estado e União”, ponderou. Roma aproveitou e afirmou que tem negociado o seu futuro partidário, se fica no Republicanos ou se se filia ao PL, partido de Bolsonaro. O ministro não estabeleceu prazo para definição. “Quem tem prazo, não tem pressa”, ressaltou. “Estamos fazendo essas tratativas. O que nós estamos buscando é que a Bahia esteja de mãos dadas com o Brasil”, acrescentou. Tribuna da Bahia