Foi enterrada em Salvador, nesta quarta-feira (30), Beatriz Santos, de 21 anos, que morreu ao ser baleada durante uma ação policial no Bosque das Bromélias, também na capital baiana. O sepultamento da jovem ocorreu no Cemitério Quinta dos Lázaros, no bairro Baixa de Quintas.

Dezenas de familiares e amigos acompanharam o velório e enterro. Havia muitas pessoas emocionadas. Segundo uma das vizinhas de Beatriz, a jovem era uma pessoa do bem e estava planejando o aniversário de um ano da filha. Ela pede justiça.

“[ela era] Uma pessoa de bem, nunca fez mal a ninguém. Ela estava planejando o primeiro aninho da filha dela. Ela entrou em contato comigo para gente ir alugar o painel. A gente quer justiça”, disse. “Ela não merecia isso não. Ela não merecia essa injustiça que fizeram com ela, não. Ela estava dentro de casa, gente. Ela foi buscar água para dar banho na filha”, disse outra vizinha.

Caso

A jovem Beatriz Santos, de 21 anos, morreu na segunda-feira (28). Segundo a sogra da vítima, Beatriz foi baleada dentro de casa. “Faltou água [no condomínio], então ela foi buscar água do lado de fora, em um tanque que fica aqui no condomínio e que tinha uma fila de moradores. Quando ela entrou em casa, que fica no térreo, e fechou a porta, ela foi atingida”, explicou Jozenilza Canuto.

Por causa da morte de Beatriz, moradores do Bosque das Bromélias fizeram um protesto no local. A Polícia Militar, por meio de nota, informou que será instaurada uma investigação para apurar as circunstâncias da ação que culminou com a morte da jovem.

Informou ainda que a vítima foi atingida após uma perseguição policial iniciada na BA-526, rodovia próxima ao condomínio. De acordo com a PM, os policiais seguiram um carro com quatro homens e o veículo foi em direção ao Parque das Bromélias. No condomínio, os policiais contaram que foram recebidos a tiros e houve confronto, mas os suspeitos fugiram.

Na ocasião, os ônibus do transporte público que deixaram de entrar na localidade do Bosque das Bromélias, após moradores realizarem um protesto contra a morte de Beatriz. A situação só foi normalizada no início da noite de terça-feira (29). G1