Quase dois meses após o assassinato do delegado da Polícia Civil, José Carlos Mastique, um laudo da perícia apontou que havia vestígios de cocaína no sangue da vítima. Ele foi morto no dia 28 de maio, após ser alvejado por policiais militares, em Itabuna, no sul da Bahia.

A perícia detectou ainda que nos exames de urina foram encontrados traços da mesma droga, além de cocaetileno, que é uma substância formada no fígado, oriunda da metabolização do álcool com cocaína.

De acordo com o site ‘Verdinho Itabuna’, após o resultado do laudo, a defesa dos policiais envolvidos no caso “confirmou aquilo que já suspeitava: a de que o delegado, no dia do ocorrido, estava sob influência de drogas e álcool, fator que o fez perder o controle emocional e psíquico”.

Ainda conforme a defesa dos PMs, “Mastique estava alterado pelo uso das substâncias e teve uma reação negativa à abordagem feita pela PM em serviço e puxou a arma contra a guarnição, desencadeando, assim, a defesa por parte dos militares”.

O caso

O delegado morreu na madrugada de domingo (28), ao ser alvejado por policiais militares, em Itabuna. Segundo a polícia, durante um confusão no centro da cidade,em frente ao Posto Jequitibá, que fica ao lado do Shopping Jequitibá, por volta das 3h20, José Carlos Mastique teria sacado a arma, um revolver cal. 38, contra os militares e foi baleado.

Mastique estava na direção de um Honda City, de cor prata, que se encontrava parado no local, quando os policiais chegaram para averiguar uma suposta denúncia de agressão à uma mulher. Durante a confusão, o delegado foi alvejado com um tiro à altura do peito e chegou a ser socorrido, logo em seguida, pela mesma guarnição para o Hospital de Base de Itabuna, mas não resistiu aos ferimentos. Bocão News