Uma perícia realizada nos sistemas de comunicação e de contabilidade informais da Odebrecht mostra que a empresa pagou pelo menos R$ 8,5 milhões de reais, entre maio e agosto de 2012, a cinco políticos – os senadores Romero Jucá (MDB) e Renan Calheiros (MDB) e os ex-senadores Delcídio do Amaral e Gim Argello (sem partido), além de um quinto nome ainda não identificado segundo informações do G1.

 

O político indicado nas planilhas da empreiteira pelo codinome de “Glutão” teria recebido R$ 3 milhões em Brasília em maio de 2012, mas a Polícia Federal ainda não sabe de quem se trata. Os valores teriam sido pagos pela aprovação do projeto de resolução do senado 72/2010, que limitou a concessão de benefícios fiscais pelos estados em portos a produtos importados.

 

O caso ficou conhecido como “Guerra dos Portos” e beneficiou uma das empresas da Odebrecht, a Braskem. Em dezembro, a PF pediu ao relator da Lava Jato no STF, ministro Luiz Edson Fachin, mais 60 dias de prazo para conclusão das investigações. O objetivo é cruzar dados da perícia com provas coletadas na Operação Armistício, realizada em novembro e que recolheu informações de supostos intermediários de Jucá, Renan e Gim Argello.