O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartou que fará uma reforma ministerial para atender ao pedido do Centrão que vinha reclamando da articulação política do governo. Em conversa com jornalistas no Palácio do Itamaraty, o petista ainda negou que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tenha pedido controle de ministérios em troca da aprovação da Medida Provisória (MP) da reestruturação da Esplanada, aprovada no Congresso às vésperas de caducar.

“Não está na minha cabeça fazer reforma ministerial. A menos que aconteça uma catástrofe que eu tenha que mudar. Mas por enquanto, o time está jogando melhor que o Corinthians”, brincou Lula.

De acordo com o presidente, Lira não pediu ministérios “e nem poderia pedir”. “O PP [sigla de Lira] é um partido de oposição e tem gente que vota com a gente. O PP já teve ministro com o PT, o PP teve dois ministérios no governo da Dilma. Não é problema. Se ele pedisse, a gente vai avaliar, mas até agora eu não ouvi o Lira pedir”, declarou o presidente.

Lula minimizou a dificuldade nas articulações com a Câmara e disse que o processo de negociação é natural. “Aquela Casa é assim. Você vai conversando com os líderes, vai conversando com as pessoas, vai mostrando a importância daquilo… Porque o que acontece não é importante para mim, é importante se causar benefício para o povo brasileiro”, disse o petista.

Depois de ver a MP 1154 dos Ministérios aprovada somente após um acordo com o Centrão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Congresso “não tem obrigação” de chancelar tudo o que o governo deseja. Bahia.Ba