Fotos: Julia Prado/MS

Durante a reunião ministerial de segunda-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou da demora do governo em reagir aos casos de dengue e da crise nos hospitais federais do Rio de Janeiro, mas mandou um recado para PT e Centrão, que pressionam pela queda da ministra da Saúde: “Ela é ministra minha, não sai”.

O presidente também autorizou Nísia Trindade a fazer uma “limpeza geral” nos hospitais federais do RJ. Durante a reunião, a ministra reclamou que tem enfrentado pressões políticas na condução das ações da pasta na capital carioca, ao tentar justificar os desvios e perdas de produtos em hospitais no Rio, revelados em reportagem do Fantástico.

O presidente estava muito irritado com o conteúdo da reportagem e fez duras cobranças à ministra. Ao perceber que havia errado no tom, levando Nísia Trindade a se emocionar, Lula fez uma defesa dela. “Ela é minha ministra e ninguém tira”, disse Lula. Após o encontro, Nísia Trindade já começou a fazer a limpeza. Demitiu o diretor de Gestão Hospitalar no Rio, Alexandre Telles.

Para o presidente, no caso da dengue, o governo não deveria ter falado tanto das vacinas, porque não há vacina no mundo para todos e os prefeitos, em vez de fazerem seus serviços de prevenção, ficam cobrando o imunizante do governo federal.

Nísia Trindade reclamou que as pessoas pedem que ela fale grosso, mas ela fala manso. Lula disse que ela pode falar manso, mas deve falar firme, e emendou dizendo que ninguém vai tirá-la do governo. Emocionada, a ministra da Saúde ganhou a solidariedade de todos, principalmente das mulheres presentes. G1