“Acabou a minha vida. Minha única filha, 19 anos. Ia começar a faculdade, passou. Trabalhando, linda, grávida. Um novo casamento, uma nova vida. Minha única filha, que fiz um tratamento para parir há 19 anos atrás”, desabafou a mãe da jovem grávida que foi morta a facadas no bairro de Pituaçu, em Salvador. Ela, que prefere não se identificar, também teve ferimentos.

O suspeito do crime é o padrasto da vítima. O caso aconteceu na manhã de domingo (29) e, até esta segunda-feira (30), ele ainda não foi encontrado pela polícia. A vítima, Alane Beatriz da Mata de Góes tinha 19 anos e estava grávida de seis meses. O corpo dela foi enterrado nesta tarde.

“O que será de mim agora? Como é que eu vou encarar o meu neto de 4 anos? O que eu vou dizer a ele quando ele me perguntar ‘cadê mamãe?’ Eu não sei, porque nem eu sei cadê. Cadê minha filha? Só queria que Deus passasse uma borracha e ressuscitasse”, disse a mãe de Alane, emocionada. A vítima foi atingida pelos golpes de faca quando tentou interferir em uma briga entre a mãe e o padrasto.

Ela e o bebê não resistiram aos ferimentos e morreram. O suspeito, Leonardo Souza de Jesus, de 32 anos, fugiu do local do crime. “Ela tomou a minha frente e aí ele deu a facada nela. Ele deu a facada nela e foi fatal”, detalhou a mãe da vítima. De acordo com familiares, Leonardo tentava se recuperar do vício em drogas e ficava agressivo quando tinha recaídas.

“Minha irmã não podia se separar dele, porque ele só vivia ameaçando. Na semana passada, quando eu estava na casa dela passando os dias com ela, a gente acordou às 5h com ela [Alane] pedindo socorro porque ele [Leonardo] estava com uma faca no pescoço dela [mãe de Alane]”, contou uma das tias da vítima. O corpo de Alane foi enterrado no Cemitério Quinta dos Lázaros, em Salvador. O caso segue sendo investigado pela 1ª Delegacia. G1