Apedido do seu advogado, a mulher acusada de ter envenenado toda uma família no distrito de Nagé, em Maragogipe, sai do sistema prisional para responder em liberdade sob uso de tornozeleira eletrônica. Trata-se de pedido de prisão domiciliar formulado por Elisangela Almeida de Oliveira, devidamente qualificada nos autos, apresentado através do seu advogado constituído, alegando necessidade de tratamento médico que não é oferecido em ambiente prisional.

O Ministério Público se manifestou pelo deferimento do pedido. Na época, as vítimas, Adriane Ribeiro Santos, de 23 anos, e as filhas dela Greisse Santos da Conceição, de 5 anos, e Rute Santos da Conceição, de 2 anos, foram envenenadas com um inseticida de uso agrícola. As três morreram em um intervalo de 15 dias. O único sobrevivente da casa foi o marido de Adriane e pai das crianças, identificado como Jeferson Brandão. Informações do Blog Recôncavo no Ar

Caso

Mãe e filhas morreram entre o final de julho e o início de agosto de 2018, após apresentarem mal-estar com sintomas parecidos. O cachorro de estimação das vítimas também morreu. A primeira morte registrada foi a da garota de 5 anos, no dia 30 de julho. A menina chegou a ser levada para um hospital na cidade de São Félix, ao lado de Maragogipe, mas não resistiu.

Em seguida, no dia 6 de agosto, a irmã dela também passou mal. No dia 13 de agosto, a mãe das meninas também teve um mal-estar. As duas foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Maragogipe, mas também não resistiram. O pai das crianças, identificado como Jeferson Brandão, foi ouvido pela polícia.

De acordo com o delegado Marcos Veloso, responsável pelas investigações, o homem estava abalado e não houve indícios sobre a participação dele nas mortes. A Polícia Civil investigou se um líquido e um chocolate poderiam ter provocado as mortes. O material foi encontrado na casa da família e passou por testes. Os laudos detectaram a presença do inseticida agrícola nas amostras.

No dia 27 de agosto, a Justiça autorizou o pedido de exumação do corpo da menina de 5 anos, que foi realizado no dia 5 de setembro pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT). A irmã dela e a mãe também tiveram os materiais analisados. Como ela foi a primeira a morrer, o caso dela foi classificado como morte natural. Só após o óbito da irmã e da mãe foi que a polícia passou a suspeitar de envenenamento. G1