As causas para o acidente envolvendo a lancha Cavalo Marinho I, estão relacionadas com o não cumprimento de critérios de estabilidade exigidos para navegação na área em que operava. A Capitania dos Portos também apontou como responsáveis pelo acidente: o engenheiro e o proprietário da embarcação por negligência e o comandante por imprudência.

 

O acidente aconteceu no dia 24 de outubro de 2017. A constatação está no inquérito apresentado nesta terça-feira (23) pela Marinha do Brasil. Segundo o relatório, o estudo de estabilidade apresentado à Capitania dos Portos pelo engenheiro responsável pelos planos da embarcação informava o contrário do detectado pela perícia.

 

O inquérito da Marinha tem quase 1.200 páginas e será encaminhado para o tribunal marítimo. Conforme apontou o vice-almirante Almir Garnier Santos, o resultado apresentado após cinco meses da tragédia seguiu a “agilidade e o rigor” que o complexo caso carecia. Ao todo 48 interrogatórios foram realizados. Além de apontar as responsabilidades, a Marinha ressaltou que o lastro da embarcação era formado por pedras segundo o Bocão News.

 

Com o balanço da lancha, as pedras, que pesavam cerca de 400 quilos, correram para um lado, ocasionando o naufrágio. “A Marinha se dedica com afinco para fiscalizar o cumprimento das normas de segurança, mas ninguém está em melhores condições de evitar acidentes náuticos do que os condutores e proprietários das embarcações, pois a fiscalização nunca será onipresente, por maior que seja o esforço da Marinha ou de qualquer órgão. Os responsáveis direitos pela segurança da navegação são os próprios navegadores e armadores, que devem cumprir rigorosamente as normas da autoridade marítima”, diz um trecho do relatório da Marinha.

 

A Capitania dos Portos também frisou que o inquérito não tem relação com a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). No naufrágio ocorrido durante a travessia Mar Grande – Salvador, 19 pessoas morreram na Baía de Todos os Santos. As informações são do Bocão News