Um dos setores que vem liderando a recuperação econômica do país, através da manutenção do emprego, mesmo após o surgimento da pandemia do coronavírus, a construção civil apresenta problemas que podem atrasar essa retomada, de acordo com o Sindicato da Indústria da Construção da Bahia (Sinduscon-BA), que já denuncia até ausência de alguns materiais.
Segundo a entidade, muitos foram os esforços para não interromper essas atividades na Bahia. Entretanto, o setor hoje mostra preocupação com uma onda de aumento nos preços dos principais insumos das edificações, já se registrando a falta de diversos deles no mercado. Essa tem sido uma das principais preocupações de construtoras relatadas à entidade.
De acordo com o presidente do Sinduscon-BA, Carlos Marden, justamente num momento de início da retomada das atividades, os fabricantes dos materiais de construção resolveram elevar seus preços totalmente fora da realidade da inflação atual no país.
Reformas com auxílio emergencial
Os maiores aumentos anunciados estão para o aço, PVC, derivados de cobre – fios e cabos elétricos, e cimento. Ainda não há números para demonstrar o nível desses reajustes.
Apesar disso, diz a Sinduscon-BA, a busca por esses produtos é o reflexo decorrente do incremento de reformas residenciais, a partir da utilização do auxílio emergencial disponibilizado pelo governo federal durante o período da pandemia.
No âmbito nacional, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), realizou uma pesquisa no mês de julho, em 25 estados, revelando que em meio à pandemia, construtoras de todo o país tiveram elevados seus custos de produção em decorrência da alta de preços.
“O produto final da construção (imóveis e obras públicas) está com preço estagnado, impossibilitando quaisquer repasses, o que ameaça fortemente a saúde do setor. O nosso propósito imediato é retomar as compras através da Coopercon-BA [Cooperativa da Construção Civil da Bahia] para tentarmos conter tais aumentos desproporcionais, realizando aquisições de materiais em grande escala. Nossos associados já garantiram a manutenção de seus pedidos e aquisições”, explica Carlos Marden, em nota no site do Sinduscon-BA. Correio da Bahia