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O mês de junho é marcado pelas festas juninas e comilanças de alimentos ricos em açúcares, gorduras e lactose. Por isso, assim como nas celebrações de fim de ano, muitas pessoas se sentem pesadas e culpadas depois dos exageros das festanças, adotando dietas restritivas durante a semana. Elas, porém, podem prejudicar a saúde tanto quanto as comidas típicas ingeridas durante as celebrações. O que é possível fazer, então, para diminuir o inchaço sem se privar de uma boa alimentação e sem danos à saúde?

Para o nutricionista Thiago Monteiro, o segredo é mais simples do que se possa prever: voltar normalmente à rotina, sem extremismos. Mas ele vai além. “Beba bastante água para limpar o organismo e, se quiser exagerar em alguma coisa, exagere na atividade física”. Ele recomenda que pessoas que fazem 30 minutos de cardio por dia, o que ajuda a diminuir a retenção de líquido, grande responsável pelo aumento nos números da balança.

O especialista em nutrição informa que receitas famosas para reduzir o peso depois da comilança não resolvem. Uma delas é a de limão espremido na água. Apesar das propriedades da fruta, o único benefício da mistura é ajudar a aumentar a imunidade, por causa da vitamina C. Mas de nada adianta tomar água com limão pela manhã e se alimentar de forma errada, com uma dieta inflamatória.

O que fazer no pós-festa?
A recomendação é não sentir culpa e não restringir a alimentação no dia seguinte. “Não é porque você comeu demais que você chega no dia posterior e vai restringir ou cortar a sua alimentação pela metade. Isso pode acabar ocasionando transtornos alimentares, gerar um pico de fome absurda ao longo do dia e fazer você comer muito mais do que deveria”, indica o nutricionista.

Thiago Monteiro disse a Metrópoles, que criou o método Re-Aprenda a Comer, diz que para fazer as escolhas corretas nas festas juninas basta recorrer ao bom e velho equilíbrio. É possível comer de tudo. Deve-se dar preferência por alimentos com proteínas, como espetinhos de carne ou frango. Associe essas comidas aos carboidratos para controlar a liberação do açúcar na corrente sanguínea.