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A disputa entre Everaldo e Vinícius Mingotti pelo posto de referência do ataque do Bahia está cada vez mais acirrada. Mingotti foi o titular contra o Red Bull Bragantino, na Fonte Nova, e anotou um gol na goleada por 4×0. Mais do que isso, colocou uma dúvida na cabeça do técnico Renato Paiva.

Desde o início da temporada, a função de centroavante ainda não encontrou um dono. Everaldo foi a grande aposta do Grupo City para o setor, assinou contrato por três anos, mas ainda não se firmou e chegou a revezar com Ricardo Goulart no Campeonato Baiano e Copa do Nordeste.

Por sua vez, Mingotti chegou para ser uma sombra após a aposentadoria de Goulart e tem início tímido no Esquadrão. O gol marcado contra o Bragantino foi apenas o segundo do jogador em 12 jogos. Ele também balançou as redes na derrota por 2×1 para o Fluminense, no Maracanã.

Apesar dos números, a titularidade de Mingotti na rodada passada não foi uma grande surpresa. Dos 12 jogos que fez no Brasileirão, em seis ele começou de primeira. A maior sequência aconteceu entre a 11ª e a 14ª rodadas. O atacante foi para o banco no empate de 0x0 com o Corinthians, mas voltou a barrar Everaldo no compromisso seguinte, contra o São Paulo, no Morumbi.

De acordo com o técnico Renato Paiva, Mingotti e Everaldo possuem características diferentes e, por isso, ele tomou a decisão de deixar o segundo na reserva diante do Bragantino.

“Repetir a equipe nos entrega o conforto das ações automáticas dentro de campo. Mudar uma ou outra peça é por questão física ou estratégica. Foi por questão estratégica, pelo comportamento defensivo do Bragantino. Mingotti dá opções que o Everaldo não dá nesse sentido. Foi apenas por isso”, explicou o treinador. No caso, Mingotti se movimenta mais, enquanto Everaldo depende mais de receber a bola para finalizar.

O trunfo para Everaldo na disputa é o fato dele ser o artilheiro do Bahia no ano. O centroavante marcou 14 gols em 44 jogos. Na Série A, ele soma três gols em 17 partidas. Cauly, Mingotti, Kayky, Biel e Thaciano aparecem na sequência, todos com dois gols.

Para Vinícius Mingotti, a disputa pela posição tem sido encarada com naturalidade. Em entrevista recente, Rafael Ratão afirmou que, apesar de jogar pela ponta esquerda, pode atuar centralizado, o que daria a Renato Paiva mais uma opção no setor.

“A disputa em nosso elenco é muito sadia. Todos buscam seu espaço com muito respeito aos companheiros e assim será até o final da temporada. Quem acaba saindo ganhando é o Bahia e o professor Renato Paiva, isso é o que importa. Toda vez que eu for acionado, darei o meu melhor”, disse Ratão.

CRÍTICAS

Sem ter um camisa 9 inquestionável, parte da torcida esperava a contratação de um centroavante na segunda janela de transferências, o que não aconteceu. Em entrevista ao canal oficial do Bahia, o diretor de futebol, Cadu Santoro, explicou o motivo de não ter contratado outro atleta.

“Não só a posição de 9, como outras, temos um departamento de scouting, até agora liderado pelo Fabrício Souza, que trabalhava no grupo (City) há mais de três anos. E a gente vem olhando para o mercado, analisando as oportunidades. E chegou um determinado momento em que entendemos que as opções do mercado teriam condições que não condizem com o que a gente entende que o atleta vale”, afirmou.

O próximo compromisso do Bahia será diante do líder Botafogo, domingo (27), às 16h, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. Até lá, Renato Paiva terá quatro dias de atividades para decidir quem terá a missão de ser o centroavante titular. Correio da Bahia