Acompanhando o presidente Jair Bolsonaro na viagem ao Japão, para participar do G20, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general Augusto Heleno, lamentou a “falta de sorte” em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (27).

Ele se refere ao fato de um sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) ter sido preso, às vésperas da cúpula internacional que reúne as 20 maiores economias do mundo, em Osaka, no Japão, sob a acusação de transportar 39 quilos de cocaína dentro de um avião da equipe que dá suporte à comitiva do presidente da República.

“Podia não ter acontecido, né? Falta de sorte ter acontecido justamente na hora de um evento mundial. Acaba tendo uma repercussão mundial que poderia não ter tido. Foi um fato muito desagradável”, disse Heleno, na frente do hotel onde está hospedado, em Osaka.

Perguntado se a imagem do Brasil fica abalada por causa do episódio, que foi amplamente noticiado pela imprensa estrangeira, ele disse: “Se mudar a imagem do Brasil por causa disso, só se a gente não estivesse sabendo da quantidade de tráfico de droga que tem no mundo. É mais um.”

O sargento da FAB integrava uma comitiva de 21 militares que partiu de Brasília com destino a Tóquio, no Japão, e fez escala no aeroporto de Sevilha, no sul da Espanha. A detenção do militar brasileiro ocorreu durante um controle aduaneiro de rotina em solo espanhol.

O avião da FAB é um modelo Embraer 190, do Grupo Especial de Transporte da FAB. Segundo a Guarda Civil, força da polícia espanhola responsável pelo controle aduaneiro, a droga estava dividida em 37 pacotes dentro da bagagem de mão do militar M. S. R., 38 anos, casado. Ele é segundo-sargento da Aeronáutica. BBC