Foi divulgado ontem (26), a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) referente a outras formas de trabalho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo apresenta a quantidade de horas que brasileiros dedicam realizando atividades domésticas e cuidado com pessoas, sendo maior entre mulheres do que homens.

“Às vezes, a mulher está cozinhando e olhando o filho. Ou o homem está fazendo alguma coisa e estudando com o filho”, explicou a economista Maria Lúcia Vieira, gerente da PNAD à Agência Brasil.

A pesquisa revela que a taxa de realização de afazeres domésticos no próprio domicílio ou na casa de parente foi maior em 2018 para as mulheres, tanto ocupadas (95%), como não ocupadas (90%), do que para homens ocupados (82,6%) e não ocupados (70,7%).

Analisando a faixa etária, pessoas de 25 a 49 anos de idade, considerada bem inserida no mercado de trabalho fazem mais atividades domésticas. Em 2018, essa faixa etária apresentou taxa de 89,4% no país. O número foi bem elevado também para pessoas com 50 anos ou mais (86,2%), caindo para o grupo de 14 a 24 anos de idade (76,4%).

Com relação aos estados, a menor diferença no percentual de homens e mulheres fazendo serviços domésticos, está no Amapá e Distrito Federal, com 6% e 6%, respectivamente.

O DF tem a maior média de realização de afazeres domésticos, com 85,6%, tendo relação com grau de escolaridade, idade e renda. “Quanto mais escolarizado, mais afazeres domésticos faz. E essa é uma região bastante escolarizada”, comenta Maria Lúcia Vieira.