A proximidade do União Brasil (UB) com alguns nomes já desperta desdobramentos políticos na estruturação das alianças para as eleições do ano que vem, tanto a nível nacional quanto nas disputas no cenário estadual, mesmo a agremiação ainda estando em processo de gestação. Uma destas figuras é o ex-juiz da Operação Lava Jato Sergio Moro (Podemos), que cada vez mais perto da legenda que sucederá o Democratas, poderá fazer com que a base do governador Rui Costa (PT) perca o apoio do seu partido.

Moro é tido como um potencial candidato da “terceira via”, campo que reúne principalmente os partidos localizados ao centro do espectro ideológico. Nos bastidores, uma versão é ventilada: a de que, na Bahia, o apoio do partido do magistrado ao pré-candidato do UB ao Palácio de Ondina, ACM Neto, é um caminho possível.

O presidente estadual do Podemos, o deputado federal João Carlos Bacelar, não descartou a ideia, mas ponderou que há, dentro da sigla, uma tradição na liberação dos diretórios regionais. “Não tenho conhecimento de nada. Ainda é muito incipiente. Não há nada oficializado. O partido sempre liberou nos estados para que cada estado seguisse seu caminho”, esclareceu Bacelar, acrescentando que, no momento, no estado, a legenda tende a acompanhar o grupo de Rui e Jaques Wagner.

“Nacionalmente vamos seguir o que o partido determinar. Regional é o diretório regional, a questão nacional é o nacional”, pontuou o dirigente. Questionado sobre a chegada de novos membros ao partido, ele afirmou que a divisão baiana do Podemos não se opõe aos novos correligionários. “O lema que a gente adota na Bahia é que a porta do partido está aberta para quem quer entrar ou sair. Não há impedimento. Se a gente usa isso na Bahia, tem que concordar que o nacional também use”, sugeriu. Bahia Notícias