EC Vitória

Dois dos times mais tradicionais do Nordeste, Náutico e Vitória não fazem boa campanha na Série B. Tanto que se enfrentam, nesta quarta-feira (25), nos Aflitos, com o mesmo objetivo: vencer para se afastar da zona de rebaixamento. O Timbu, 17º, está na área de degola. O Rubro-negro baiano, 16º, é o primeiro time fora dela. As duas equipes são as piores da região no torneio.

As más campanhas chamam atenção porque os dois têm história na Série B. Desde que a competição adotou o formato de pontos corridos, em 2006, o Náutico subiu duas vezes (em 2006 e em 2011). O Vitória ficou entre os quatro primeiros em três ocasiões (2007, 2012 e 2015).

Nenhum dos outros nordestinos na disputa atual fez tanto: entre Sampaio Corrêa, CRB, Confiança e CSA, só o último conseguiu um acesso de 2006 para cá. O Azulão foi o vice-campeão da Série B em 2018. Mas todos fazem campanhas superiores às de Náutico e Vitória. Entre os quatro, o Sampaio é o melhor, ocupa a segunda posição e subiria à Série A caso a competição acabasse hoje.

Veja, em ordem crescente de posição na tabela, como estão os clubes da região na atual edição da Série B.

Náutico

O Náutico está na zona de rebaixamento. É o 17º, com 20 pontos em 22 partidas. Seu aproveitamento é de 30% dos pontos disputados. O Timbu é o pior nordestino da Série B em todos os principais critérios: é o que tem menos pontos, o que conquistou menos vitórias, o que sofreu mais derrotas, o que levou mais gols e o que menos marcou – tendo, assim, o pior saldo entre os times da região (-10).

A equipe teve três técnicos diferentes na competição: Dal Pozzo foi demitido após apenas dois duelos, Gilson Kleina assumiu, não conseguiu fazer a equipe render e foi dispensado após perder para o Sampaio Corrêa, há uma semana. Para seu lugar, foi contratado Hélio dos Anjos, que estreou com derrota para o CRB no último sábado. O próximo jogo do Timbu é na quarta, às 19h, nos Aflitos, contra o Vitória.

Vitória

O Rubro-negro baiano está ligeiramente melhor do que o Náutico, mas também vive momento delicado na competição. Na 16ª posição, é o primeiro acima da zona de rebaixamento, aberta exatamente pelo Náutico, seu próximo rival. A distância entre eles, no entanto, é de cinco pontos.

O Vitória, portanto, não pode ser ultrapassado pelo Timbu nesta rodada – e, em caso de vitória, pode ampliar a margem em relação ao time alvirrubro para oito pontos. Se perder, por outro lado, pode ficar a apenas dois pontos do Z-4.

Nesta competição, o Vitória tem 25 pontos em 22 partidas (aproveitamento de 37,9%). O Rubro-negro só ganhou cinco partidas, empatou 10 e perdeu sete. Marcou 25 gols e sofreu 23 (saldo positivo de dois). Nos últimos cinco jogos, a equipe comandada por Eduardo barroca tem uma vitória, dois empates e duas derrotas.

Diante do Náutico, nesta quarta, nos Aflitos, a equipe persegue a primeira vitória fora de casa na competição. É o segundo pior visitante da Série B (à frente apenas do Oeste). Conquistou só 10 pontos em seis partidas fora de Salvador. Aproveitamento de 20%.

Confiança

De volta à segunda divisão após 28 anos, o Confiança não está fazendo feio. O time ocupa a 11ª posição, apenas uma abaixo do exato centro da tabela de classificação. São 29 pontos em 22 partidas, com 44% de aproveitamento. A distância para o G-4 é de oito pontos. Para a zona do rebaixamento, são nove. O rendimento cresceu desde que Daniel Paulista, treinador do acesso no ano passado, voltou ao time.

Sob seu comando, o Confiança fez 13 jogos, com seis vitórias, três empates e quatro derrotas: 53% de aproveitamento. Nos últimos cinco duelos, porém, o time sergipano vem em queda: venceu só um, empatou outro e perdeu três. O próximo compromisso é nesta terça, às 19h15, no Batistão, contra o Cuiabá.

CSA

Após um início ruim de Série B, o CSA engatou uma sequência de seis vitórias seguidas sob o comando do técnico Mozart. Depois disso, porém, o Azulão teve duas derrotas seguidas que o afastaram um pouco do G-4. Neste momento, o CSA é o nono colocado, com 31 pontos em 22 partidas. São seis pontos de distância para o G-4.

A campanha da equipe é a seguinte: nove vitórias, quatro empates e nove derrotas. Fez 28 gols (terceiro melhor ataque) e sofreu 24. Das últimas cinco partidas, o CSA venceu duas, perdeu duas e empatou uma. O próximo jogo é no Rei Pelé, nesta terça-feira, às 19h15, contra o Operário-PR, time que está apenas uma posição abaixo do próprio Azulão.

CRB

Com o CRB, aconteceu situação quase contrária ao de seu rival, CSA. O Galo teve um início forte, depois perdeu um pouco de pique, sobretudo após a saída do artilheiro Léo Gamalho para o futebol do Catar. Ainda assim, o time – agora sob o comando de Ramon Menezes – segue vivo na luta pelo acesso. Após a vitória sobre o Náutico, na última rodada, o CRB ficou na oitava posição, com 32 pontos. Está a cinco do Juventude, primeiro time do G-4.

Em 22 jogos, a equipe teve nove vitórias, cinco empates e oito derrotas. Marcou 26 gols e sofreu a mesma quantidade. Dos últimos cinco jogos, o Galo venceu três e perdeu dois. O próximo confronto é nesta terça-feira, 21h30, no Bento Freitas, contra o Brasil de Pelotas.

Sampaio Corrêa

A Bolívia Querida é, disparada, a melhor equipe nordestina da Série B. Depois de um início complicado, com surto de Covid, jogos atrasados, o Sampaio ficou para trás na tabela. Mas a equipe de Léo Condé, após essas dificuldades, cresceu de produção e embalou: nos últimos oito jogos, ganhou seis, empatou um e perdeu apenas um (diante da líder Chapecoense). Com a vitória de segunda-feira, sobre o Figueirense, nos minutos finais, o Sampaio passou a ocupar a vice-liderança da Série B.

Agora tem 40 pontos em 23 jogos (aproveitamento de 58%), frutos de 12 vitórias e quatro empates (são sete derrotas). São 35 gols marcados (o melhor da competição, empatado com o Juventude) e 22 sofridos. A equipe maranhense ainda pode perder a vice-liderança nessa rodada, caso o América-MG pontue nesta terça-feira, quando recebe o Juventude no Independência. (Globoesporte)