O empresário Ricardo Alban assumiu oficialmente, na terça-feira (31), a presidência da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o mandato de 2023 a 2027. Durante a cerimônia em Brasília, Alban ressaltou a urgência de se mobilizar o Brasil por uma revitalização industrial.
“Depois de anos de declínio, temos uma oportunidade única, talvez a última dessa geração, de revitalizar o nosso setor e entregar ao Brasil tudo que uma indústria forte e dinâmica pode entregar: desenvolvimento econômico e social, com inovação e geração de empregos de mais qualidade”, declarou.
Segundo ele, avanços tecnológicos, a emergência da indústria 4.0 e a revisão das relações comerciais apresentam oportunidades únicas para o setor industrial no país. “Não podemos desperdiçá-las”, enfatizou Alban, que também destacou como prioridade de sua gestão aumentar a competitividade e a produtividade das indústrias nacionais.
Alban alertou sobre o declínio da produtividade da indústria de transformação brasileira, que caiu quase 1% ao ano desde 1995. Ele ressaltou a importância da indústria no cenário global, citando exemplos como a Inglaterra do século 18, a China e a Coreia do Sul.
“Enquanto cada hora trabalhada no Brasil gerava R$ 45 em produtos em 1995, hoje ela gera só R$ 36”, avaliou, reforçando que o Brasil possui os recursos e a resiliência necessária para inverter essa tendência.
Por fim, Alban abordou a importância da qualificação de trabalhadores para essa nova era da indústria. “Na frente da qualificação, temos já na CNI e nas federações um know-how enorme com o Sistema S, que pode ser expandido. E será feito, de forma a atender as enormes demandas que virão com a neoindustrialização”, concluiu.
Na solenidade, marcaram presença autoridades como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
