O número de mortes em colisões traseiras aumentou quase 13% nas rodovias federais brasileiras, neste ano, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). De 563 mortes em 2018, o total passou a 636 em 2019. Os dados consideram o período de 1º de janeiro a 26 de dezembro de 2019, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Conforme a PRF, o total de feridos em acidentes envolvendo colisão traseira também aumentou, de 15.202 para 15.607. Uma alta de 2,6%. No Paraná, o aumento foi de 51%, passando de 41 para 62. Conforme levantamento dos policiais rodoviários, o número de feridos subiu 14,4% no estado. De 1.699 para 1.914.

Um engavetamento envolvendo quatro caminhões e um carro, no começo de dezembro, na BR-116, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, matou cinco pessoas, sendo quatro da mesma família. “Nesse caso, basta um motorista desatento para provocar uma reação em cadeia, uma colisão traseira que vira um engavetamento. Basicamente, é excesso de velocidade e falta de distância para o veículo da frente”, disse Fernando Oliveira, da PRF.

Dirigir colado no carro da frente é um infração grave. De acordo com o Código de Trânsito, o motorista deve manter uma distância de segurança, mas não estabelece uma distância mínima.

Regra dos dois segundos

A PRF dá uma dica: a regra dos dois segundos. Os policiais orientam escolher um ponto de referência na beira da rodovia, como uma placa de sinalização ou uma árvore. Depois, assim que o veículo da frente passar por esse ponto, o motorista começa a contar de forma bem pausada. Caso o carro passe pelo ponto depois de dois segundos, a distância é considerada segura.

Segundo a PRF, esse tempo é o necessário para o motorista reagir, acionar o pedal do freio e parar com segurança o veículo. “Você tem que andar bem devagar, no limite e respeitando as regras. Aí chega bem, né?! Chega fácil, bem fácil”, brinca o publicitário Wagner Ludovichi. G1